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Zâmbia escolhe hoje novo Presidente num escrutínio de incertezas

A Zâmbia escolhe hoje o seu Presidente para os próximos cinco anos, num escrutínio de desfecho imprevisível entre os dois principais candidatos, o actual chefe de Estado, Edgar Lungu, e o seu adversário, Hakainde Hichilema.

A Zâmbia é tida como uma das democracias africanas mais estáveis, mas segundo vários analistas, citados pelo Notícias ao Minuto, esta reputação pode vir a ser destruída, caso o escrutínio não seja “livre e justo”.

Dados das sondagens indicam para uma distância muito curta entre os dois principais candidatos, entre um total de 16 pretendentes a ocupar a “State House” em Lusaka.

Nas últimas semanas, a violência tem vindo a aumentar, particularmente entre apoiantes dos dois principais partidos, oferecendo a Lungu a justificação para colocar os militares nas ruas das principais cidades zambianas nos dias que antecederam o escrutínio.

Segundo o Notícias ao Minuto, Lungu argumentou que as tropas foram destacadas para manter a ordem e a oposição acusa-o de pretender intimidar os eleitores.

“Mais de 800 candidatos da Frente Patriótica, liderada por Lungu, do Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional, de Hichilema, e de outros partidos mais pequenos irão disputar os 156 lugares no parlamento. Em eleição estarão ainda os executivos provinciais”, Notícias ao Minuto.

O partido no poder perdeu uma eleição intercalar na província de Copperbelt em 2019 e, apesar das restrições impostas pelo Governo a pretexto da pandemia, tem havido grandes concentrações da oposição na capital.

De acordo com analistas é provável que haja disputas sobre o resultado.

“Vai ser uma eleição muito disputada. Vai ser altamente controversa. Seja qual for o candidato que perder, rejeitará os resultados. Significa que vamos ter uma crise política depois das eleições”, prevê Nic Cheeseman, professor de Política Africana, citado pelo Notícias ao Minuto.

Para Zaynab Mohamed, outro analista, “estas são as eleições mais imprevisíveis na Zâmbia desde a independência”.

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