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Até o bronze perdemos…

Os Mambas perderam diante de eSwatini por 4-2 na marcação das grandes penalidades e nem no jogo da consolação conseguiram o almejado pódio. No tempo regulamentar o jogo terminou empatado a um golo, com os suazis a marcarem no minuto 90.

Foi uma partida a todos os níveis desagradável para os Mambas, que não tiveram glória e nem honra, muito menos capacidade para sair da Cosafa com o bronze, diante de eSwatini, que não vergou perante o tempo em que o combinado nacional esteve a vencer na partida. Aliás, eSwatini lutou tanto que no final saiu com a vitória e o bronze, que até coube bem melhor a esta selecção do que aos Mambas, que estiveram apáticos em momentos cruciais da partida.

Para além de terem sofrido o golo de empate ao apagar das luzes, os Mambas não foram eficazes nas grandes penalidades, ao falharem dois remates, contra nenhum do seu adversário, que saiu vitorioso por 4-2.

COMEÇAR BEM E TERMINAR MAL

O seleccionador nacional voltou a mexer no onze para este jogo. Talvez não satisfeito com atitude de Ernan para com os colegas no jogo diante da África do Sul, Horácio Gonçalves apostou em Victor Guambe para defender a baliza moçambicana, e no regressado Candinho, que entrou para o lugar de Mapangane.

E porque jogava-se pela consolação, o jogo iniciou morno de parte a parte até que aos 39 minutos Martinho abriu o marcador, dando vantagem aos Mambas.

A partir dai viu-se uma partida mais evoluída, onde eSwatini procurava de todas formas chegar ao empate, que não aparecia, muito por culpa da ineficácia no momento da finalização, aliada a boa prestação da defensiva, que apesar de sempre tremida, mas atenta, dificultava a acção do adversário.

A vantagem ao intervalo ainda justificava-se para os Mambas, mas na segunda parte o ritmo do jogo mudou. O combinado nacional defendia mais e atacava menos, enquanto o eSwatini encurralava seu adversário no seu reduto. O tempo passava devagar para os Mambas, que iam fazendo o jogo do tempo, com Victor a ser o que mais segundos roubava quando tinha a bola nas mãos.

E foi numa dessas brincadeiras que, aos 89 minutos, o árbitro considerou que o guarda-redes moçambicano teria ficado mais tempo com a bola nas mãos e apontou para um livre indirecto dentro da área.

Os jogadores dos Mambas estiveram mal posicionados na cobrança do livre e deixaram dois jogadores soltos no segundo poste contrário, ao lado onde foi cobrado o livre, dentro da grande área, e Nkhontfo não desperdiçou o brinde oferecido e igualou o jogo.

Um balde de água fria para os Mambas que deixaram fugir o passado nos instantes finais.

Na marca das grandes penalidades, Mapangane e Shaquile marcaram, enquanto Salas atirou ao travessão e Maré permitiu a defesa do guarda-redes Sandanezwe, que se encarregou de apontar o quarto penalti de eSwatini e dar a medalha de bronze à sua selecção.

Uma derrota que pode custar a engolir por parte dos jogadores moçambicanos que deixaram o pássaro fugir por desatenção, falta de organização e de calma nos momentos cruciais.

HORÁCIO GONÇALVES SATISFEITO

No final do encontro Candinho voltou a ser eleito melhor em campo pela sua prestação, pelo segundo jogo dos Mambas no torneio Cosafa, e dedicou o troféu à sua família.

Já Horácio Gonçalves disse que regressa ao país satisfeito com a prestação da selecção nacional, embora não tenha conseguido alcançar seu objectivo de chegar ao pódio. “Estamos satisfeitos pelo desempenho nesta competição, por termos estado aqui e voltaremos para casa orgulhosos da nossa prestação. Infelizmente não foi como queríamos porque eSwatini nos criou vários problemas nas bolas por alto, já que conta com jogadores altos e isso dificultou a nossa accão”, disse o seleccionador nacional.

Mas não faltaram culpados neste desaire: “só lamentar a actuação do árbitro porque acho que não foi muito deontológico. Não havia necessidade de apitar aquele livre na área e tinha que ser mais didáctico, porque os jogadores estão aqui para aprender e o árbitro não fez isso. Mas prontos, isso não é o mais importante. O importante é que conseguimos chegar a esta fase e estamos satisfeitos”, disse consolado o seleccionador, antes de sentenciar que “para o ano voltaremos mais fortes e vamos lutar pelo primeiro lugar”.

Moçambique termina sua participação no torneio Cosafa 2021 em quarto lugar, sem honra nem glória.

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