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Viola de Xidiminguana falará na FFLC

Falar de Marrabenta e não mencionar o seu nome pode constituir, para alguns, um pecado musical. Toca desde miúdo, aliás, conversa com a viola desde que conhece o mundo.

Xidiminguana vai apresentar-se, nesta sexta-feira, através de um concerto ao vivo, na Fundação Fernando Leite Couto, pelas 18h. Trata-se de um concerto que vai colocar o exímio músico em contacto com seus admiradores, amigos, colegas e seguidores. Espera-se que este concerto seja uma verdadeira oportunidade de festa para cantar as célebres canções que marcaram os primeiros passos desse monstro nacional.

Talvez a última que Xidiminguana levantou o público ao passo foi na abertura do VIII Festival Marrabenta, ano passado, na Praça da Independência; onde com o agrupamento  Makwaela dos TPM, Orquestra Djambo, Pedro Ben, Stewart Sukuma, Dilon Ndjindje, Mabessa, Liloca, Roberto Isaías e Mr Bow mostraram o peso que música moçambicana tem quando cantada por cada um.

Conversando com a sua viola e contando estórias através da sua música, o artista ganhou destaque no panorama artístico nacional. Em 1954 chegou à então cidade de Lourenço Marques (Maputo) e conseguiu o seu primeiro trabalho como empregado doméstico, seguido do trabalho nos Caminhos de Ferro de Moçambique até 1996.

Uns colocam Xidiminguana na lista da velha guarda, todavia ele define-se, simplesmente como artista moçambicano que ultrapassa qualquer fronteira temporal e rítmico.

Domingos Honwana, mais conhecido por Xidiminguana, nasceu na província de Gaza, na localidade de Vuthu do distrito de Bilene, a 03 de Agosto de 1936. Filho de pais camponeses, apascentou gado na infância, tal como muitas crianças da sua zona. Em 1949, Xidiminguana aprendeu a tocar a sua primeira viola feita de lata e fios de pesca e no mesmo ano consegue comprar uma guitarra “com um saco de milho de 50Kg”, conta o artista.

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