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Vilankulo tourada por Victor em jornada dos “locomotivas”

Foto: O País

A Associação Desportiva de Vilankulo sucumbiu em casa diante da Black Bulls, esta quarta-feira, ao apagar das luzes, por duas bolas a uma, em partida da 15ª jornada do Moçambola 2021. Uma derrota que custa acreditar, por ter sido sofrida aos 95 minutos e que pode trazer muitas repercussões nos “hidrocarbonetos”. O Ferroviário da Beira venceu o seu homónimo de Lichinga à tangente e mantém perseguição à líder da prova, agora com menos seis pontos

Victor! Um nome para nunca mais esquecer por parte dos jogadores da Associação Desportiva de Vilankulo. Foi dele o golo que ditou a derrota caseira que agudiza a crise de resultados no Alto Macassa, com mais uma derrota caseira, a segunda consecutiva, tanto em jogos em casa, como nas duas jornadas desta segunda volta.

É que os “hidrocarbonetos” ainda tentaram remar contra a maré, numa reacção demorada ao golo madrugador apontado por Melque, ao primeiro minuto, só chegando ao empate aos 86 minutos, pelo mais velho e experiente jogador Jongwè, aos 86 minutos.

Quando o empate parecia que seria o resultado final, a compensação acabou por ser fatal para a turma da casa, que sofreu o golpe final cinco minutos depois do tempo regulamentar, devolvendo à Black Bulls as vitórias e o cimentar, ainda mais, da liderança da prova, agora com 36 pontos, mais seis que o directo perseguidor, o Ferroviário da Beira.

A Associação Desportiva de Vilankulo tem um saldo bastante negativo nas últimas jornadas, ao somar apenas uma vitória nos últimos oito jogos nove jogos, quedando-se para a oitava posição, com 20 pontos.

É um caso para dizer que Victor rebentou o gás e deixou Vilankulo carbonizada e tourada.

 

“Locomotivas” em ebulição nesta jornada

Os “locomotivas” de Chiveve, que viram a União Desportiva de Songo a perder pontos, diante da Liga Desportiva de Maputo, no empate a zero, na terça-feira, ainda sofreu a bem sofrer, para manter a perseguição à líder da prova. Um golo perto do final do jogo (85 minutos), apontado por Mutong, garantiu o regresso à segunda posição, com menos seis pontos da líder, Black Bulls, e mais um que os “hidroeléctricos” de Songo.

Mas há que destacar o facto de o Ferroviário de Lichinga ter vendido cara à derrota diante do seu “mano”, deixando claro que não está para facilitar para ninguém, independentemente de ser “da família” ou não.

Mesmo com a derrota, os “locomotivas” de Lichinga mantêm-se no top-5 da tabela classificativa.

Mais três Ferroviários saíram sorridentes nesta jornada: o de Maputo, Nampula e Nacala.

O Ferroviário de Maputo teve que suar as estopinhas para levar de vencida o Desportivo Maputo, no regresso a Machava, depois de três jogos fora de portas e na estreia de Carlos Baúte no comando técnico. O maquinista Marcel voltou a ser o herói da estação ao apontar o único golo, aos 73 minutos, colocando a sua equipa na quarta posição, agora com menos 10 pontos que a líder da prova e relegando os “alvi-negros” à zona da despromoção, em troca com outros dois Ferroviários.

O de Nampula não teve dificuldades para despachar a fragilizada equipa fabril por 4-1.

Valdo, jovem jogador de apenas 20 anos de idade, que fazia o seu terceiro jogo pelos “axinenes”, foi o herói, ao apontar um hat-trick e entrar na restrita lista dos jogadores que fizeram três golos em uma única partida.

Salas desfez o empate que prevalecia até ao final da primeira parte, com o golo dos “fabris”, apontado por Nuno.

Por seu turno, o Ferroviário de Nacala foi à vizinha província da Zambézia derrotar o lanterna vermelha por 0-3. Nacir Armando ainda não consegue impor-se nos “militares”, que parecem mais estar virados aos ataques em Cabo Delgado do que em atacar a fuga à despromoção.

Dinis, Zinho e Wemba fizeram os golos da turma de Nacala, que, tal como o homónimo de Nampula, passa a somar 17 pontos, relegando o Desportivo Maputo à zona da despromoção, com 14 pontos.

 

Ainda há vida no Canavial

Na última partida desta jornada, Incomáti de Xinavane e Costa do Sol empataram a um golo e dividiram os pontos. Depois das ameaças dos “açucareiros” de abandonar a prova por alegadamente estar a ser injustiçada pela equipa de arbitragem, parece que, tanto os homens do apito, como os adversários temeram por esta auto-exclusão da equipa de Xinavane e vão facilitando.

Depois da vitória na Soalpo, o Incomáti não tremeu na recepção ao Costa do Sol e entrou, praticamente, a vencer, graças ao golo de Mathause, aos 12 minutos. Mas, os “canarinhos” deram luta e, rapidamente, reagiram e chegaram ao empate ainda na primeira parte, por Telinho, que parece ter regressado aos golos, com mais um festejo.

Ainda assim, um resultado longe do esperado pelos “canarinhos”, que, depois da goleada diante do Ferroviário da Beira, se terão ressentido do esforço feito e do pouco tempo de descanso que tiveram. O empate coloca a turma de Artur Semedo na sexta posição, com 21 pontos, mais quatro que o seu adversário desta quarta-feira, que ocupa a nova posição, com 17 pontos.

A próxima jornada disputa-se no domingo, para permitir que as equipa possam ter tempo de viagens, descanso e preparação dos jogos.

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