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Vários autores numa língua… letras são pontes no Tunduru

Roberto Chitsondzo, Ana Magaia e Grupo da Polícia Municipal. Estes são os nomes que, próxima quinta-feira, terão a missão de inaugurar mais uma edição da Feira do Livro de Maputo. O início do festival literário organizado pelo Município da capital está previsto para 9h, conforme o hábito, no Jardim Tunduru. No entanto, a abertura oficial da Feira irá acontecer uma hora depois, com discursos do Presidente do Município; Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Ministro da Cultura e Turismo, Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, Embaixadores do Brasil, Espanha, França, Itália, Portugal, Alemanha, Venezuela e Angola, Cônsul de Cabo Verde e representantes do BCI e UCCLA.

Depois das intervenções, o grupo Infantil de Dança Tradicional da Associação Iverca vai assaltar o palco para exibir passos ensaiados para esta ocasião que junta autores de vários países.

Por falar em autores, o programa da Feira prevê mesas redondas, as quais pretendem ser um espaço de debate sobre literatura. São os casos dos painéis: “Plano nacional de leitura e sistemas de redes de
bibliotecas”; “A relevância do livro e da leitura na primeira infância”, “A arte de contar histórias”, com participação dos escritores Lucílio Manjate, João Tordo (Portugal) e Paulo Lins (Brasil). Ainda no primeiro dia, o Tunduru vai deliciar-se de lançamentos de livros, como “Na margem da dúvida”, de Miguel César. E porque a literatura não se dissocia da música, lá no finalzinho do dia, a banda de jazz alemã, Aren Djanssen, vai fazer ecoar seus sons.

No segundo dia, Sexta-feira, a abertura da Feira será feita pela banda Magocha, das 9h às 10h. Às 11h, a Alcance Editores promove mais um lançamento, “Infeliz por um triz”, de Mekane Nhamylaio. A cerimónia não vai durar muito tempo, afinal logo a seguir o poeta Nelson Lineu conversa com o escritor mangolê António Gonçalves, mesmo antes da primeira mesa redonda do dia: “As fronteiras da minha linguagem são as fronteiras do meu universo”, com Marcelo Panguana, Álvaro Taruma  e Andes Chivangue. E não se fica por aí. Sérgio Pereira, Teresa Veloso, Paulo Guerreiro e Celso Muianga vão tratar de um tema também importante: “A problemática geral do livro – edição, divulgação, distribuição, comercialização e importação de livros infantis em Moçambique”. A cavaqueira está marcada para 14h e vai prolongar-se até às 15h, altura em que dois autores brasileiros, Paulo Lins e Andréa del Fuego, vão partilhar experiências sobre "Ler e escrever (n)o mundo actual".

Por fim, o segundo dia da Feira termina com um dos momentos mais aguardados da Feira, a homenagem ao escritor Aldino Muianga, num sarau cultural com Feling Capela.

Com efeito, o reconhecimento literário a Muianga não será o último momento do festival, o dia 7 promete mais conversas, com Sara Jona, Ana Rita Santiago (Brasil) e Ana Magaia; Ungulani Ba Ka Khosa, Sangare Okapi, Juvenal Bucuane, Mbate Pedro e o poeta mangolê Lopito Feijóo, quem vai lançar “Imprescindível Doutrina Contra”.

Não obstante, as crianças também serão tema de conversa nas vozes de Alex Dau, Mauro Brito e da Irmã Maria Alexandra (escritora brasileira). O trio vai-se referir ao “Papel da literatura infantil e infanto-juvenil na formação do leitor”.

Para os que forem a comprar ou possuem livros que querem ver autografados, se se tratarem de Carlos Santos, Aldino Muianga, Almiro Lobo, Ungulani Ba Ka Khosa, Lopito Feijóo, António Gonçalves ou João Tordo será possível, porque a organização do evento reservou um momento para o efeito. Só depois disso a Feira do Livro de Maputo será encerada, por volta das 17:40 do dia 7 de Outubro.

Actividades paralelas

À margem das principais actividades da Feira do Livro de Maputo, a terem lugar no Tunduru, como ano passado, realizar-se-ão algumas paralelas. Entre várias, está agendada a conversa sobre “O papel da literatura no desenvolvimento humano e social”, com Aldino Muianga e Filipe Matusse, na UEM. Na mesma onda, Ana Rita Santiago e Japone Arijuane vão tratar das “Possibilidades de (Re)existências na literatura de escritoras moçambicanas e negras brasileiras”. E o programa inclui ainda visita aos lugares históricos do bairro da Mafalala e espaço interactivo de artes visuais para actividades infantis.

 

 

 

 

 

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