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Vale Moçambique vai acolher recém-formados do Instituto Nacional do Emprego

O Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), através do Instituto Nacional do Emprego (INEP) e a Vale Moçambique assinaram recentemente, um memorando de entendimento com vista à inserção dos recém-formados na vida activa e à promoção do auto-emprego, por via de estágios pré-profissionais nas unidades produtivas daquela mineradora e da atribuição de kits aos melhores graduados do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC), respectivamente.

Para o efeito, o INEP passará, entre outras acções, a inscrever e seleccionar candidatos a estágios pré-profissionais, fornecer à Vale Moçambique a relação dos recém-graduados inscritos nos centros de emprego, emitir certificados de estágio pré-profissional, inscrever e seleccionar os beneficiários de kits para o auto-emprego e monitorar as suas actividades.

A Vale Moçambique, por seu turno, vai disponibilizar ao INEP listas de estágios por especialidade, idade e sexo, elaborar, semestralmente, relatórios de acompanhamento e avaliação do estágio, divulgar e facilitar o acesso à informação sobre vagas no seu Programa de Estágios para a comunidade, bem como os critérios de selecção, entre outras acções.

Entretanto, como primeiro sinal da materialização do memorando, a Vale Moçambique efectuou a entrega de 30 kits de auto-emprego a igual número de beneficiários, formados em Mecânica Auto bem como Canalização, pelas delegações do IFPELAC da cidade e província de Maputo.

Para Juvenal Dengo, director-geral do INEP, a assinatura do memorando faz jus às acções do Governo, com vista ao envolvimento do sector privado na promoção de oportunidades de emprego aos moçambicanos, em particular aos jovens.

A aposta nos estágios pré-profissionais e no auto-emprego, segundo Juvenal Dengo, resulta da constatação e análise das dinâmicas do mercado de trabalho a nível nacional e internacional, que apontam, entre outros factores, as inovações tecnológicas como dinamizadores do sector produtivo e da economia, o que tem resultado no aumento da eficiência e da produtividade, bem como na redução de empregos formais.

“Esperamos que a assinatura deste memorando se traduza em benefícios dos jovens e que os kits aqui entregues constituam uma importante alavanca na promoção do auto-emprego, ajudando os beneficiários a iniciarem as actividades económicas geradoras de renda”, considerou o director-geral do INEP.

Para o gerente de Relações Institucionais da Vale Moçambique, Bruno Chicalia, a assinatura do memorando e a oferta de kits de auto-emprego visam fazer face aos enormes desafios impostos pelo mercado de trabalho, como são os casos da falta de experiência por parte dos candidatos ao primeiro emprego, assim como de equipamentos para aplicar o conhecimento que os jovens detêm.

“Não basta dotarmos os jovens de conhecimento. Embora isso seja importante é, também, necessário darmos ferramentas, principalmente aos que mais precisam, para poderem aplicar esse conhecimento”, disse Bruno Chicalia.

Num outro desenvolvimento, o gerente de Relações Institucionais da Vale Moçambique reconheceu que o País não tem mão-de-obra em número e qualidade demandados pelas multinacionais, devido ao facto de “serem especialidades relativamente novas, importantes numa indústria implantada recentemente no País. Por isso os 5-10 anos de experiência exigidos (ainda) constituem um desafio”.

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