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Vaga de calor ameaça produção de hortícolas no vale de Infulene

Cerca de 400 hectares contendo hortícolas diversas estão em risco de perderem-se no Vale de Infulene nas Cidades de Maputo e Matola devido ao calor intenso que assola o Sul do país nos últimos meses. Em dias que os termómetros marcam os 40 graus celsius as culturas perdem-se nos canteiros.

Na presente época chuvosa o estado de tempo tem se manifestado em dois polos e de forma extrema. No norte do país há chuva intensa que está a destruir e a matar e no sul há seca e calor que também estão a fazer estragos, queimando e secando campos de cultivo.

Felizarda Vicente, leva consigo dois regadores em mãos, ela não pára de regar, quer salvar a alface que murcha nos canteiros. Há vinte anos que a mulher trabalha naquelas terras do vale de Infulene, diz que nas suas contas não tinha ainda enfrentado calor assim.

“Não está fácil. A rega atenua pouco o calor, não ajuda muito. Por exemplo, a essa hora (9h) é a segunda vez que ponho água para salvar as plantas”.

O calor é o tema de conversa por aquelas terras. Geralmino Mavie de enxada em punho faz sacha aos seus trinta e oito canteiros que tem alface e couve e estão em risco de perder-se até porque na vizinhança há produção perdida e espalhada no chão. Ele tal como outros produtores tudo faz para salvar suas culturas nos campos.

Porque este calor resulta das alterações climáticas é imperioso o uso de novas tecnologias segundo defende o extencionista do Governo da Cidade de Maputo que assiste aqueles agricultores.

“Por exemplo, a adopção de sementes melhoradas, de alta qualidade que se adaptam a estas condições, outros aspectos também está a implementação do sistema de rega gota a gota aqui na associação para poder economizar a água e também não se depender pela chuva.”

Justino Bauque, preside Associação Sombra das enxadas, que ocupa 40 dos 400 hectares do vale de Infulene e conta com 366 membros que produzem a cada mês 50 toneladas de hortícolas podem baixar devido a intensidade do calor que chega a atingir os 40 graus celsius.

As hortícolas saídas daqui chegam também ao consumidor através destes vendedores que posicionam-se na avenida Joaquim Chissano e comercializam alface, couve e outros produtos.

 

 

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