Afinal, a cidade de Maputo baseou-se em números brutos para identificação de grupos-alvos da campanha de vacinação massiva contra COVID-19. Ou seja, não eram todas as 219.233 pessoas que precisavam de ser vacinadas nesta fase.
A cidade de Maputo, epicentro da pandemia da COVID-19, tinha como meta por imunizar, nesta terceira fase da campanha de vacinação, 219.233 pessoas, um número que pode estar abaixo dos reais beneficiários.
“Quando aceitamos esse grupo, foi com base no Instituto Nacional de Estatística, no que as instituições públicas nos deram como número de funcionários que eles têm e também dos veteranos da Luta de Libertação Nacional. Então, na realidade, do INE, nós tivemos as idades das pessoas. Nós não tínhamos como saber quem era mais ou menos de 50 anos e por isso tivemos que sobrepor as doses para garantir que teríamos vacinas suficientes”, justificou Délia Xirinda, directora municipal de Saúde na cidade de Maputo.
Ou seja, do grupo que foi planificado para esta fase, há os que tomaram a vacina na anterior e não se sabe quantos foram, mas baseando-se em dados brutos de 219.233 beneficiários, a Direcção Municipal de Saúde diz ter imunizado 167.685 pessoas, o correspondente a 76 por cento do global.
“Daquilo que foi planificado foi 76 por cento, mas se fizermos e retirarmos aqueles que têm mais de 50 anos e tivermos, efectivamente, o número que devíamos alcançar, podemos chegar a 90 e tal por cento, sem dúvidas”, disse Délia Xirinda, num tom de convicção.
O que significa que, feita a triagem rigorosa das pessoas por imunizar nesta campanha de vacinação massiva na cidade de Maputo, os beneficiários podem ser menos de 200 mil. Por isso, muitas doses sobraram e “as vacinas que sobraram serão usadas para as próximas fases de vacinação conforme orientará o Ministério da Saúde”.
O distrito municipal de KaNyaka vacinou mais de 100 por cento, seguido de KaMubukwana e KaMavota.
