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Um voto contra abstenção

Pela sexta vez, desde o estabelecimento da democracia multipartidária, os moçambicanos vão amanhã às urnas para eleger o novo Presidente da República e deputados da Assembleia da República para o próximo ciclo de governação e, pela primeira vez, para escolher os governadores provinciais, no quadro da nova política de descentralização.

Mas, mais do que a escolha dos novos órgãos, a eleição desta terça-feira é, também, um teste às tendências do nível de participação dos eleitores.

Para esta votação estão registados pouco mais de 12.9 milhões de eleitores, o maior número de sempre de inscritos para o processo eleitoral, de quem se espera que respondam ao chamamento de forma activa, contrariando as tendências dos últimos processos, no que ao nível abstenção diz respeito.

Segundo o histórico, as primeiras eleições gerais, realizadas em 1994, são as que tiveram menor número de eleitores sem votar.
Dois pouco mais de seis milhões de eleitores então inscritos, o nível de abstenção foi de 12%.

Em 1999 o ciclo de abstenções começa a subir. Estavam inscritos pouco mais de sete milhões de eleitoras e 26% não foram votar.

Cinco anos depois, atingia-se o pico das abstenções. Nove milhões e novecentos mil foi o número de eleitores registados, no entanto, 57% não foi votar.

Em 2009 os registos indicaram nove milhões e 908 mil eleitores e a taxa de abstenção foi de 55%. Nas últimas eleições, 10 milhões 964 mil foi o número de eleitores inscritos. 51% foi o nível de abstenção. Para esta terça-feira estão registados mais de 12 milhões e novecentos mil eleitores.

O chamamento é que ninguém, em condições de votar fique em casa.  

 

 

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