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Uganda confirma casos do Ébola 

O vírus do ébola já chegou na República do Uganda. As autoridades daquele país confirmaram os primeiros três casos de infecção pelo vírus durante o surto em curso na República Democrática do Congo- uma criança congolesa de cinco anos que veio a morrer já no território ugandês e outros dois casos de infecção, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 “O jovem paciente morreu na noite passada. Mais duas análises deram positivo. Portanto, temos três casos confirmados”, disse esta quarta-feira a OMS no Twitter citando a ministra da Saúde ugandesa, Jane Ruth Aceng.

O vírus do Ebola provocou a morte de uma segunda pessoa na região oeste de Uganda, a avó do menino de cinco anos, de 50 anos que faleceu na terça-feira vítima da mesma doença.

"Um segundo paciente com Ebola, que estava na unidade de quarentena, morreu ontem (quarta-feira) à noite", afirmou à AFP uma fonte do ministério da Saúde que pediu anonimato.

Segundo autoridades ugandesas citadas pelo Público, a criança tinha entrado no Uganda a 10 de Junho através do posto fronteiriço de Bwera. A família do menino procurou cuidados médicos no hospital de Kagando e a criança foi transferida para a Unidade de Tratamento do Ébola de Bwera. A infecção foi confirmada pelo Instituto de Virologia do Uganda, segundo a OMS, e as pessoas com quem teve contactos estão agora a ser supervisionadas.

Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde ugandesa informou que o menino viajou acompanhado pelo pai ugandês e pela mãe congolesa, que tinha ido à República Democrática do Congo cuidar do seu pai antes de morrer com o vírus do ébola. A família regressou depois ao Uganda com outros quatro membros de origem congolesa, disse ainda a ministra.

Todos os membros da família estão agora em isolamento no Hospital de Bwera. Dois deles começaram a apresentar sintomas semelhantes aos provocados pelo vírus do ébola e os resultados das análises vieram confirmar esta quarta-feira as suspeitas. Além disso, oito outras pessoas com quem houve contactos estão agora a ser vigiadas, acrescentou ainda Jane Ruth Aceng.

Durante a conferência, a ministra da Saúde do Uganda, Ruth Jane Aceng, referiu que "temos mais de 2000 casos confirmados, por isso, a probabilidade de outros casos virem da República Democrática do Congo para o Uganda é muito alta. Para além dos casos que já temos no país, muitos outros casos podem vir".

Esta epidemia de Ébola começou em Agosto do ano passado, na República Democrática do Congo. Já foram registados 2062 casos, que levaram à morte de 1390 pessoas.

Estes casos no Uganda são a prova de que a doença está a propagar-se para os países vizinhos. Segundo a OMS, os níveis de risco de transmissão nacionais e regionais permanecem muito altos e outros surtos podem surgir.
 

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