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UD Songo parte quinta-feira para primeira aventura da fase de grupos

Depois de realizado o sorteio da Taça CAF e com a confirmação das equipas que cruzariam o caminho da União Desportiva de Songo, campeão nacional e representante do país na segunda maior competição africana de clubes, a equipa técnica começou a pesquisar informações sobre os seus adversários.

Esta quinta-feira, os “hidroeléctricos” de Songo partem para a sua primeira aventura na fase de grupos de uma competição africana, nomeadamente para o Cairo, onde domingo, quando forem 21 horas, defrontam o Al Masry, em partida da primeira jornada do grupo B.

Vindo de duas derrotas consecutivas, com adversários do mesmo nível, nomeadamente Clube do Chibuto e Ferroviário de Maputo, ambas partidas a contar para o Moçambola 2018, depois de uma vitória moralizadora diante do Costa do Sol. Resultados que, de certa forma, não deixaram abalados os jogadores e equipa técnica, tal como disse o técnico Chiquinho Conde, ao assumir o profissionalismo do plantel em, rapidamente, erguer a cabeça e preparar o jogo seguinte a procura de um bom resultado.

Para já, a União Desportiva de Songo, que se encontra na capital do país a preparar o jogo de domingo, conta com todo plantel disponível, com as recuperações de Leonel, Kambala e Parkim, dai que o esquadrão todo está pronto para enfrentar o Al Masry e regressar a casa com um resultado que possibilite ambicionar mais na segunda jornada, no “Caldeirão” do Chiveve.

Para esta partida diante da equipa do Egipto, a União Desportiva do Songo vai com apenas sete jogos do principal campeonato nas pernas, dos quais conseguiu quatro vitórias (Sporting de Nampula por 4-0, Desportivo de Nacala por 2-1, UP de Manica por 0-1 e Costa do Sol por 0-1), um empate sem abertura de contagem diante do Incomáti de Xinavane e duas derrotas com o Clube de Chibuto (5-0) e Ferroviário de Maputo (1-0). Nestas sete partidas, os “hidroeléctricos” conseguiram marcar oito golos e sofreram sete, mostrando-se uma equipa tão concretizadora quanto sofredora. Mas tem em Hélder Pelembe o seu melhor marcador, sendo acompanhado por Mário Sinamunda, Parkim e LauKing, que também já visaram as balizas adversárias.

Al Masry: equipa concretizadora e menos sofredora

Mas o campeão moçambicano vai encontrar uma equipa mais rodada no campeonato local, que segue para o seu final, tendo já disputado 32 jornadas, estando neste momento na terceira posição, a 20 pontos do virtual campeão, o Al Alhy, que soma 85 pontos. Para já, e um dado a ter em conta, esta equipa magrebina é bastante concretizadora, tendo apontado já 50 golos e sofrido 30. Ahmed Gomaa, jovem de 29 anos de idade, é o marcador-mor do Al Masry, com 12 golos, seguido por Aristide Bancé, burquinabê, que soma 8 golos.

As suas maiores estrelas são os jogadores de idade avançada, casos de Ragab Hassan, Ahmed Yasser e Ahmed Mansor, que são pedras preponderantes na manobra da equipa.

No presente ano, o Al Masry contratou vários jogadores para reforçarem a equipa, no mercado de verão, do meio do campeonato, sendo de destacar Esalm Eisa, que em três jogos marcou dois, mostrando-se um jogador bastante perigoso na manobra ofensiva dos egípcios.

Vale destacar que a equipa conta com cinco jogadores estrangeiros, na sua maioria oriundos do Burquina Faso, nomeadamente Mohamed Koffi, Aristide Bancé e Issouf Ouattara, com os dois primeiros a serem muito utilizados na equipa. Conta ainda com Wilson Akakpo, do Togo e Cheick Moukoro, da Costa do Marfim.

O Al Masry venceu as últimas quatro partidas realizadas para o campeonato interno, sendo que as primeiras três pelo mesmo resultado de 2-1, enquanto na partida de domingo, venceu por claros 3-0, moralizadores para o embate diante da UD Songo.

O Al Masry conta no seu palmarés com uma Taça do Egipto conquistada, curiosamente o último troféu do clube, em 1998, três taças do Sultão Hussein e 17 ligas do canal conquistadas entre 1932 e 1948.

A partida está marcada para domingo a noite, no Port Said Stadium, na cidade com o mesmo nome e terá a arbitragem de Jean-Jacques Ndala Ngambo, da República Democrática do Congo, auxiliado pelo seu compatriota Olivier Safari Kabene e pelo ugandês Mark Ssonko.

 

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