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Turquia lidera investimento estrangeiro no país

O volume do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em Moçambique, situou-se nos 193,1 milhões de dólares norte-americanos no fecho do primeiro semestre de 2018, com a Turquia a liderar o fluxo.

Investidores turcos injectaram mais de 70 milhões de dólares norte-americanos em Moçambique, entre Janeiro e Junho deste ano, liderando, deste modo, o top 10 dos maiores investidores estrangeiros na chamada “Pérola do Índico” no período em referência.

Transportes, comunicações, indústria e construção, foram as áreas receptoras do investimento turco nos primeiros seis meses de 2018. De salientar, que todo valor foi aplicado em projectos da cidade e província de Maputo.

A China, o maior parceiro socioeconómico do país, ficou em segundo lugar, seguida das Ilhas Maurícias que fecham o top 3, apurou “O País” junto da Agência para Promoção de Investimento e Exportações (APIEX).

Portugal, único país lusófono na rubrica IDE situou-se na quinta posição. O continente africano registou maior participação no grupo dos 10 maiores investidores estrangeiros em Moçambique, ao longo do primeiro semestre de 2018, representados pelo Quénia, África do Sul, Maurícias, Zimbabwe e Botwana.

A província e cidade de Maputo, absorveram mais IDE no período em análise, ao captarem cerca de 148,5 milhões de dólares norte-americanos, que financiaram um total de 62 projectos socioeconómicos, segundo APIEX.

Os sectores de serviços, pescas e indústria lideram a entrada do Investimento Directo Estrangeiro entre Janeiro e Junho de 2018.

No global, ou seja, a soma do IDE e o Investimento Directo Nacional (investimento interno) totalizou mais de 550 milhões de dólares norte-americanos.

Em Abril de 2017, Maputo e Ankara celebraram um acordo de cooperação para a construção de cinco mil casas no bairro do Zimpeto, algures da capital moçambicana, até 2022. A entrega das primeiras chaves está prevista para este ano.

O complexo residencial está a ser construído pela Akay Construction, empresa da Turquia, e a obra surge na sequência de um memorando de entendimento que já tinha sido assinado em finais de 2016 e reafirmado no ano seguinte.

Na altura da celebração dos contratos para a viabilização do projecto, o edil de Maputo, David Simango, apontara que “Maputo e Ankara são cidades gémeas”. A ideia é aproveitar a experiência que a Turquia tem na construção de casas de baixo custo.

A matriz do complexo residencial prevê a construção de prédios num espaço de 17 hectares, com apartamentos de duas a três divisões com preços que não deverão ultrapassar a fasquia dos 100 mil dólares cada.

Essa “invasão turca” era o prenúncio da expansão do governo de Ankara em Moçambique, prova disso é o facto daquele país ter, em curto espaço de tempo, ser já o maior investidor estrangeiro na antiga colónia portuguesa, Moçambique.

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