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Tribunal condena caçadores furtivos em Cabo Delgado

Dois moçambicanos foram condenados a seis anos de prisão, pelo Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado, por caça furtiva no Parque Nacional das Quirimbas.

Trata-se de dois camponeses residentes dentro da área de conservação, que em Maio de 2019 foram detidos na posse de 60 quilogramas de carne de elefante, avaliada em cerca de 120 mil meticais. Os troféus dos paquidermes não foram localizados.

“Pela lei, devíamos aplicar entre 12 a 16 anos de prisão maior, mas por não ter sido provado que foram vocês que abateram o elefante, e pelo que parece desconhecem a lei e os procedimentos em relação às áreas de conservação, que consideramos atenuantes, vão os dois condenados a seis anos de prisão maior”, explicou.

Geraldo Patrício, juiz da causa. Depois de ler a sentença, o juiz sensibilizou os condenados sobre a importância da conservação da natureza. “Vocês até podiam ter consumido a carne do elefante abatido, mas antes deviam ter denunciado o caso às autoridades do parque, que tem de decidir o destino a dar aos animais protegidos que são caçados ilegalmente”.

As autoridades do Parque Nacional das Quirimbas consideram reduzida a pena aplicada aos dois réus, mas estão conformadas com a sentença, porque alegadamente vai servir de lição para outros furtivos e a população que pode ter apetência em enveredar por esses caminho condenável, especialmente a que vive dentro da área de conservação.

“Acreditamos que seis anos longe do convívio familiar é suficiente para disciplinar aos furtivos que continuam a invadir áreas de conservação e dizimar espécies protegidas e em risco de extinção.

Ele também estão a prejudicar a actividade turística, uma vez que o parque vai perdendo as suas atracções”, explicou Assane Mussa, chefe da fiscalização naquele parque, depois de testemunhar a sentença.

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