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Testes da COVID-19 inventados e árbitros afastam “hidroeléctricos” das afrotaças

Foto: UD Songo

A União Desportiva de Songo foi eliminada das afrotaças este domingo, após perder por 4-3 na marcação das grandes penalidades, depois de perder por uma bola sem resposta no final dos 90 minutos, em jogo da segunda mão da pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

A partida foi caracterizada por antecedentes e acontecimentos, durante o jogo, que deixaram agastados os membros da delegação moçambicana, que se viram, em algum momento, prestes a não disputar o jogo.

Antes do jogo, uma situação desconfortante: as autoridades locais inventaram testes falsos da COVID-19 positivos para quatro jogadores preponderantes dos “hidroeléctricos”, nomeadamente, Maxwell, Amadou, Agenor e John Banda, que foram impedidos de disputar a partida deste domingo, em Brazzaville.

No mesmo momento, a direcção da UD Songo deslocou-se à mesma clínica para realizar testes aos mesmos jogadores e os resultados deram negativo, mas as autoridades desportivas não aceitaram os resultados trazidos pelo representante moçambicano.

Já em campo, a equipa de arbitragem de tudo fez para que os moçambicanos não tivessem o sucesso que desejavam.

Se o empate prevaleceu até ao intervalo, na segunda parte as coisas foram diferentes, uma vez que a equipa de arbitragem “cavou” uma grande penalidade a favor do AS Atohô e, na sequência, mostrou cartão vermelho a Bhéu, deixando reduzida a equipa moçambicana. Os “hidroeléctricos” irritaram-se com a atitude e estavam a ponto de abandonar o relvado, mas, graças à acção do representante da FMF, os jogadores voltaram ao jogo.

Da grande penalidade, os congoleses chegaram à vantagem e empataram a eliminatória, e o resultado não mais se alterou até ao apito final.

Como mandam as regras da CAF para jogos das pré-eliminatórias, em caso de empate na eliminatória, as duas equipas vão à marcação das grandes penalidades e, nesse quesito, os congoleses foram mais felizes, também com ajuda dos árbitros.

É que, na primeira série de penáltis, os dois jogadores, do Otohô e da UD Songo, marcaram, mas o segundo dos congoleses permitiu a intervenção de Valério. Porém, a equipa de arbitragem mandou repetir o penálti, ainda assim falhado, já que a bola foi ao poste.

Os restantes jogadores do AS Otohô marcaram os seus penáltis, enquanto Dário e Belito não conseguiram fazer o que os colegas Thomas Nyurenda, Lau King e Candinho fizeram – marcar.

Cai por terra o sonho da UD Songo e do país, de regressar à fase de grupos da Liga dos Campeões africanos, onde o AS Otohô segue em frente, para defrontar o Petro Atlético de Luanda, na próxima eliminatória.

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