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Tanzânia garante que vai continuar a apoiar Moçambique contra o terrorismo

Foto: O País

A Tanzânia vai continuar a apoiar o país no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, garantiu o Alto-Comissário daquele país em Moçambique, que falava, quarta-feira, nas celebrações dos 100 anos do nascimento do líder nacionalista Julius Nyerere.

Dois países vizinhos, com fortes relações históricas e de irmandade. Foi na Tanzânia, que em 1962, nasceu a Frelimo, na altura movimento de libertação contra o colonialismo português. Actualmente, ambos países enfrentam um problema comum, o terrorismo.

Nas celebrações dos 100 anos de nascimento do primeiro presidente e símbolo da independência da Tanzânia, Julius Nyerere, Phaustine Kasike, alto-comissário daquele país em Moçambique, disse que a presença das forças tanzanianas na Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral (SAMIM), é exemplo do comprometimento do seu país no combate a ataques armados em Cabo Delgado.

“Vamos continuar a apoiar Moçambique no combate ao terrorismo até que o problema seja resolvido, pois Moçambique não está sozinho nesta luta”, afirmou Phaustine Kasike.

Julius Nyerere lutava para ver a África livre da violência e da pobreza, um sonho que ainda não foi concretizado, considera Roque Silva, secretário-geral da Frelimo, que esteve presente nas celebrações em alusão.

Silva disse que os ideais de Julius Nyerere eram os mesmos dos de Samora Machel, por isso as gerações, tanto as mais velhas como as novas devem guiar-se do legado que os dois líderes deixaram enquanto vivos.

“Se ainda continuarmos a ver a população com falta de condições mais básicas, se ainda continuarmos a ver ameaça terrorista nas nossas sociedades, então ainda não realizámos o sonho destes dois heróis”, salientou Roque Silva.

Segundo o Alto-Comissário daquele país, Phaustine Kasike, a figura de Julius Nyerere ultrapassa a dimensão política, pois o líder era um activista que se preocupava com a defesa dos direitos humanos de todos os povos.

Para o Alto-Comissário do Ruanda, Claude Nikobisanzwe, o legado nacionalista de Nyerere deve ser exemplo da união dos povos do continente africano e deu exemplo do papel que o líder desempenhou para a mediação pela paz no Ruanda, durante a guerra civil em 1994.  

“Para o Ruanda, particularmente, ele (Julius Nyerere) fez muito para unir e mediar durante a guerra no Ruanda. Estamos felizes e congratulamos nossos irmãos tanzanianos por lhe ter emprestado para toda a África”,

Os intervenientes falavam esta quarta-feira, em Maputo, num evento que marca o aniversário de Julius Nyerere, a 13 de Abril de 1922. Se estivesse vivo, o político e activista tanzaniano completaria 100 anos de idade.

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