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Taça dos Clubes Campeões Africanos: outra vez Maputo!

Fotos: FIBA-África

Maputo acolhe, de 9 a 18 de Dezembro, a fase final da Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol em seniores femininos. Moçambique far-se-á representar na prova pelo Costa do Sol, campeão nacional, e Ferroviário de Maputo, bicampeão africano. Toda hora….Maputo.

A FIBA-África anunciou as datas para o suspiro dos clubes que há tanto aguardavam! Oportuna ou não, a Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) acenou e decidiu sediar a prova. Quatro anos depois de ter acolhido a fase final da Taça dos Clubes Campeões Africanos, prova que coroou o Ferroviário de Maputo, a capital do país volta a ser palco do campeonato africano de clubes. Catedral do basquetebol moçambicano, o descontinuado pavilhão do Maxaquene irá acolher, uma vez mais, o certame no qual as “locomotivas” procuram revalidar o título açambarcado em 2019, no Cairo, Egipto.

Para não variar, as contas do título poderão estar divididas entre três equipas que dominam o panorama do basquetebol africano ao nível de clubes. Nada mais nada menos que o Ferroviário de Maputo, conjunto que campeou pela primeira vez em 2018, numa prova também realizada na capital do país. À altura do feito, saborosamente festejado depois de no ano anterior ter estado tão perto de ser finalista vencido, Leonel “Mabê” Manhique era o “coach” das “locomotivas”.

No lotadíssimo pavilhão do Maxaquene, qual ovo de Colombo, o Ferroviário de Maputo superiorizou-se ao Inter (Angola) na final da 24ª edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol ao vencer por 59-56.

Naquela que foi a sua primeira experiência no basquetebol africano, Carmen Virginia Tyson-Thomas liderou o Ferroviário de Maputo com 20 pontos. Os 17 pontos de Italee Malina Lucas foram insuficientes para se escrever com letras douradas o nome do CFVM.

No ano seguinte, ou seja, em 2019, no Cairo, Carlos Ibrahimo Aik assumiu a equipa depois da saída de Leonel “Mabê” Manhique para o Costa do Sol. Aposta acertada! Numa prova em que teve que superar um mar de adversidades, o Ferroviário de Maputo derrotou novamente na final emocionante e imprópria para cardíacos o Inter por 90-91. Fez-se história e ficam muitas histórias para contar. Aik rimou experiência com mais-valia e, 17 anos depois, voltou a ser campeão africano de clubes depois de ter conduzido a galáctica e inesquecível equipa do Maxaquene ao olimpo de África. Mas este foi apenas o apogeu de um conjunto que, em 2016, na capital do país, perdera na final diante do Inter, então treinado por Apolinário Paquete por 67-49. Houve, nessa final, muito Sequoia Antrice Holmes  e Italee Malina Lucas para pouco Anabela Cossa e Ingvild Mucauro.

Em 2017, em Luanda, Leia “Tanucha” Dongue e  Alicia Davaughn, no 1º de Agosto, combinaram 40 pontos para derrotar o Ferroviário de Maputo na final disputada na cidade capital de Angola, por 65-51.

Em 2015, em Luanda, Angola, o Ferroviário de Maputo ficou em terceiro lugar numa competição em que a regressada Ana Suzana Jaime foi indicada a melhor triplista.

Feitas as contas, as “locomotivas” ocuparam a segunda posição em três ocasiões: 2006, em Libreville, Gabão, 2016, em Maputo, e 2017, em Luanda, Angola.

Outrossim, há que ter em conta na luta pelo título o Inter, clube mais titulado nesta competição. As “polícias” estabeleceram uma dinastia ao açambarcarem o troféu em 2010., 2011, 2013, 2014 e 2016.

Mas há mais um candidato. O renovado e actual campeão angolano 1º de Agosto entra nas contas do título pelo facto de ter dominado em 2006, 2015, e 2017. Na sua primeira presença numa fase final, o Costa do Sol quererá, também, ter uma palavra a dizer. Aliás, nos últimos anos fez um notável investimento ao contratar Ingvild Mucauro, Eleutéria “Formiga” Lhavanguane, Vilma Covane, Nilza Chiziane, entre outras. E tem, ainda no seu comando, um jovem treinador ambicioso que pretende voltar a deixar a sua marca na prova: Leonel Rodolfo Manhique.

A Federação Moçambicana de Basquetebol, em nota enviada ao “O País”, diz que “no âmbito do processo organizacional, a FMB indigitou o senhor Ilídio Silva como coordenador-geral da Comissão de Coordenação Central (CCG), ao qual compete formar a comissão de coordenação, conforme os termos de referência específicos definidos pela FMB”.

 

NELITO PERSEGUE QUINTO TÍTULO

Senhor basquetebol, Nasir “Nelito” Salé assumiu, em Outubro de 2020, o cargo de “coach” do Ferroviário de Maputo.

Nelito tem números com requintes de recorde. O experimentado “coach” persegue o seu quarto título na prova continental de clubes, depois de ter alcançado este feito ao serviço do Desportivo Maputo, em 2007, na capital do país, 2008, em Nairobi, Quénia; e extinta Liga Desportiva, em 2012, Abidjan, Costa do Marfim.

Há outros pormenores a ter em conta. Ao longo de 25 edições, o país viu quatro atletas a serem indicadas como MVP’S. Trata-se de Deolinda Carmem Ngulela (2008), Clarisse Machanguana (2012, na qualidade de reforço da extinta Liga Desportiva) e Leia Dongue (2014 e 2015 ao serviço do 1º de Agosto).

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