O Sri Lanka está a passar a pior crise económica no país desde a independência, com escassez de alimentos e combustível. No ano passado, segundo o Observador, a produção nacional de arroz foi reduzida para metade.
Para ultrapassar este problema, o Governo do país anunciou, esta sexta-feira, que pediu ajuda urgente às Nações Unidas para reabastecer as suas provisões de produtos alimentares básicos e alertou para a ameaça de fome no país.
O Sri Lanka está a passar pela pior crise económica no país desde a sua independência, em 1948, e enfrenta uma grave escassez de combustível, alimentos e medicamentos devido à falta de moeda estrangeira e à inflação galopante.
Segundo o gabinete do primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, em comunicado divulgado esta sexta-feira, citado pelo Observador, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) quer colocar em prática um “plano de crise para responder à emergência alimentar” e vai fornecer ajuda financeira ao setor agrícola, nas áreas urbanas.
A produção nacional de arroz foi reduzida para metade no ano passado e a nova campanha, iniciada no mês passado, está a ser fortemente afectada pela escassez de fertilizantes, ligada à falta de divisas que impediu a importação desses produtos.
Mergulhado numa crise financeira sem precedentes, o Sri Lanka solicitou também um resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) depois de ter deixado de conseguir pagar a sua dívida externa, que ascende a cerca de 48 mil milhões de euros.
O país, de 22 milhões de habitantes, também tem, desde Maio, um novo primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, que é ainda responsável pelo Ministério das Finanças.
Wickremesinghe sucedeu como chefe de Governo a Mahinda Rajapaksa, forçado a deixar o seu posto na sequência de uma vaga de violência que provocou pelo menos nove mortos no mês passado.