O País – A verdade como notícia

Cheias, inundações e  seca ameaçam mais de 240 mil pessoas nas zonas ribeirinhas e mais a norte da província de Gaza. A previsão é do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), que necessita de 14 milhões para as acções de emergências.

São ao todo 248 mil pessoas que poderão sofrer efeitos combinados de eventos climáticos extremos, na província de Gaza. 

“Fizemos um mapeamento daquilo que poderá ser a população em risco, que, neste caso, se situa em 248 mil pessoas, cerca de 16% da população da província, olhando para o censo de 2020”, avançou o porta-Voz do Instituto de Gestão do Risco de desastres em Gaza, Bonifácio Cardoso.

Para a época chuvosa em curso, prevê-se a ocorrência de três cenários, caracterizados por cheias, inundações, seca, que podem assolar  os distritos costeiros do interior e os atravessados pelo rio Limpopo.

“Este plano de contingência olha para três prováveis cenários.O primeiro cenário é de ocorrência de inundações urbanas, seca nas cidades, tanto seca e inundações urbanas em algumas cidades e vilas. Para este cenário se prevê que fique afectada uma população de 129 mil habitantes. Para o segundo cenário, que é o primeiro cenário acrescido ao risco de cheias, estamos  a prever 245 mil habitantes. E o último cenário, que é o cenário mais gravoso, que é o segundo cenário, acrescido ao risco de sismos, sobretudo na zona de Massangena, devido à proximidade com a província  de Manica, que é a província com maior actividade sísmica no nosso país, o número passa para  248 mil”, explicou.

Neste momento, a preocupação é com a seca, que pode agravar a insegurança alimentar nos próximos meses.

“Nós temos aquilo que é um kit padrão de assistência humanitária que foi estabelecido  pelas Nações Unidas. São cerca de 60 mil famílias que poderão precisar de assistência face a alguma insegurança alimentar e nós vamos procurar seguir aqueles que são os grupos mais vulneráveis desse universo todo”. 

O INGD necessita de 14 milhões para acções de emergências, derivadas de desastres projectados para os três cenários.

“Sob o ponto de vista de orçamento para intervenções, buscas e assistência, durante as primeiras 72 horas, o orçamento indicativo é de 14 milhões de meticais. Temos 18 embarcações à nossa disponibilidade, 16 do governo através do INGD, e duas de parceiro, no caso do cruzamento. Temos também, a nível do armazém, neste momento, 45 toneladas de feijões e estamos à espera de 180 toneladas de cereais, nomeadamente 90 toneladas de arroz e 90 toneladas de farinha de milho, que a qualquer momento poderão estar no nosso armazém” garantiu.

Foram instalados em  dois distritos sistemas de aviso prévio activos mais de 200 comités de gestão e redução do risco de desastres.

“Ainda na semana última, fizemos a instalação de sensores comunitários da aviso prévio em número de cinco, nos distritos de Chokwé e Guijá. Temos estado a realizar actividades como a preparação dos comitês locais que estão em situação de risco de desastres. Na nossa província temos 282 comitês locais que estão em prontidão para acções de resposta a eventuais cenários extremos” concluiu.

A província de Gaza registou três vagas de inundações, que  assolaram 87 mil pessoas, além de  devastar 45 mil hectares de diversas culturas, entre Janeiro e Março deste ano.

Dois agentes da polícia estão detidos, indiciados de assassinar uma pessoa, numa prospecção de minas, no distrito de Chifunde, em Tete. O Comando Provincial da PRM em Tete alega desconhecer o caso, no entanto, a Procuradoria Provincial confirma o sucedido e a detenção dos agentes implicados no caso.

O caso deu-se no passado dia 9 de Outubro, quando a vítima estava a exercer actividade de garimpo, próximo a uma prospecção de mina da empresa Mule Mule, pertencente a um grupo de cidadãos de nacionalidade inglesa.

O “O País” contactou o Comando Distrital da PRM em Tete, mas o Chefe de Relações Públicas alegou desconhecer o caso e prometeu pronunciar-se oportunamente. Contactamos igualmente a procuradoria provincial de Tete, também sem gravar entrevista, o seu porta-voz confirmou o barramento de uma pessoa e a detenção dos agentes implicados. 

Fez saber ainda que o processo com o número 118/2025, envolvendo os agentes implicados no caso, está em instrução preparatória na procuradoria distrital de chifunde, seguido das audições com vista a apurar as razões que levaram os mesmos a atirar contra a vítima de trinta e quatro anos, que em vida respondia pelo de Jacala Daison.

Sete pessoas morreram e outras nove contraíram ferimentos ligeiros, na manhã  desta quarta-feira, no distrito de Nhamatanda,  em Sofala, na sequência de um embate frontal entre uma mini-bus, que transportava 16 passageiros, e um camião de carga. 

A Estrada Nacional Número seis, que liga a cidade da Beira e o Zimbabwe, foi palco, mais uma vez, de um grave acidente de viação. Um transportador semi-colectivo de passageiro e um veículo pesado de mercadoria tiveram um forte embate. 

De acordo com dados das autoridades daquele distrito, o acidente ocorreu próximo da portagem de Nhamatanda, na região de Haluma, quando o  mini-bus, que fazia o trajecto Beira-Nhamatanda, foi violentamente chocado na parte central direita pelo veículo pesado que seguia no sentido contrário, num momento em que estava a ultrapassar uma outra viatura.

Depois do embate o mini-bus, que transportava 16 pessoas, foi arrastado cerca de 23 metros para fora da sua faixa de rodagem, onde ficou imobilizado.

Este é o momento que com recurso a uma serra e outros meios os funcionários dos Caminhos de Ferro de Moçambique e outros   utentes da estrada nacional número seis cortavam parte das viaturas com objectivo de socorrer as vítimas deste fatídico acidente, que estavam entaladas. 

Dados preliminares apontam que o  acidente provocou sete vítimas mortais, entre elas dois menores de 3 meses e 9 anos de idade, duas mulheres e três  homens. Ficaram feridas nove pessoas que foram socorridas para o hospital rural de Nhamatanda e foram registados elevados danos materiais. 

Depois do acidente o motorista do mini-bus, por razões até agora desconhecidas fugiu e o condutor do veículo pesado foi detido.

O sector das pescas intensifica o processo de sensibilização por conta do período de veda da pesca do camarão de superfície e caranguejo do mangal, que se inicia a 1 de Novembro próximo e termina a 31 de Março de 2026.

A recente sensibilização está a ser liderada pelo secretário de Estado do Mar e Pesca, Momade Juízo, que trabalha há três dias na Zambézia, onde tem estado a reunir-se com os pescadores.

No diálogo com os pescadores, o secretário de Estado do Mar e Pesca tem estado a passar mensagens no sentido de observarem o regulamento do período de veda da pesca do camarão de superfície e do caranguejo do mangal.

“Nós queríamos pedir aos nossos colegas para exercermos a actividade da pesca de forma responsável, queríamos pedir para exercerem a actividade da pesca de acordo com as normas, para permitir que os recursos sejam preservados, possam servir para todos nós, mas também possam servir para as gerações futuras”, apelou Momade Juízo.

No posto de pesca de Zalala, onde o secretário de Estado trabalhou, alguns pescadores mostraram resistência, mas Momade Juízo teve de explicar a importância da veda para o ecossistema marinho. 

“As malhas autorizadas para pescar, o período indicado para parar de pescar e para começar ou recomeçar a actividade da pesca… esta situação que foi apresentada aqui, nós vamos verificar as artes, vamos trabalhar para ver, rede a rede”, disse. 

Já os pescadores e vendedoras de peixe deixaram ficar alguns pedidos ao secretário de Estado do Mar e Pescas. Zainura Gordo, por exemplo, pediu que o período de veda seja diminuído.

“Aqui nós não temos vagas de emprego. Nossas vagas estão ali mesmo na praia”, argumentou, frisando que “estamos a pedir veda diminuir alguns meses, porque a nossa sobrevivência é só na praia e não temos outra arte aqui.”

Por seu turno, Mariamo Francisco, também vendedora de peixe, afirmou entender e reconhecer o trabalho que é feito, mas reiterou o pedido de redução do período de veda. “Estamos a pedir, pelo menos, deixarem-nos vender até Dezembro acabar, e pelo menos iniciar a veda em Janeiro, pelo menos”.

Sobre a pesca ilegal, Momade Juízo fez saber que o Estado moçambicano perde entre 60 e 70 milhões de dólares por ano, por conta do fenómeno.

“Com relação à pesca ilegal, os dados históricos mostram que o país perde entre 60 e 70 milhões de dólares por ano por prática da pesca ilegal, e é com base nisso que nós nos concentramos a agir de forma que a nossa fiscalização tenha a robustez necessária para evitar essas perdas”, esclareceu.

Momade Juízo já trabalhou com grupos de pescadores de Macuse, em Namacurra, Zalala em Quelimane e ao longo do Rio Bons Sinais, de modo a sensibilizá-los para observarem o período de veda.

Um total de sete indivíduos, dos quais dois agentes da Polícia da República de Moçambique, foram detidos, nesta terça-feira, quando tentavam vender sete pontas de marfim na cidade de Chókwè, província de Gaza. Os meliantes, provenientes de Magude, foram surpreendidos com armas de fogo, munições e vários telemóveis com falsas identidades.

Dois agentes da Polícia da República de Moçambique e outros cinco supostos caçadores furtivos foram detidos, nesta terça-feira, na posse de sete pontas de marfim na província de Gaza. Os membros do grupo, na sua maioria provenientes do distrito de Magude, na Província de Maputo, foram surpreendidos quando negociavam a venda dos troféus, na cidade de Chókwè.

De acordo com Zaqueu Mucambel, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal, SERNIC, em Gaza, os indivíduos foram surpreendidos com pontas de marfim de quatro animais.

“Dois dos elementos deste grupo são supostos membros da PRM, um na situação de reserva e o outro no activo. Foi neste âmbito que SERNIC os flagrou na posse de seis, sete pontas de marfim, o correspondente a quatro animais. A verdade é que parte das pontas de marfim alegam que conseguiram na província de Maputo, no distrito de Magude”, começou por esclarecer Zaqueu Mucambel.

Ainda de acordo com o porta-voz do SERNIC em Gaza, os mesmos pretendiam comercializar as pontas de marfim no distrito de Chókwè, onde foram detidos nesta terça-feira.

Ademais, na viatura em que seguiam os sete indivíduos com idades entre 30 e 60 anos de idade, foram encontradas duas armas de fogo, 23 munições e vários telemóveis supostamente usados em incursões de caça furtiva no Sul do país.

O porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal em Gaza, Zaqueu Mucambe, diz que as armas podem ter sido usadas para a execução de vários crimes.

“Acção adicional far-se-á para apurar-se até que ponto o Estado ficou lesado com o abate desses quatro animais. E a detenção resultou também na apreensão de duas armas de fogo, tipo caçadeiras, uma de calibre 12 e a outra de 270. Dizer que há uma apreensão também de uma viatura e várias munições”, anotou.

Um dos indiciados negou a sua ligação com o crime e afirmou desconhecer as causas da sua detenção, e os restantes não aceitaram prestar declarações à imprensa.

“É o que estão a ver. Não tive envolvimento no abate, apenas fui detido”, disse, aceitando, entretanto, que as pontas de marfim estavam na sua posse: “Sim, na nossa posse”.

No entanto, para as autoridades do SERNIC, não restam dúvidas do seu envolvimento nos crimes de que são acusados, e, neste momento, decorrem investigações para a detenção do oitavo membro que fugiu durante a operação.

“O facto de ser funcionário ou membro da PRM constitui um agravante em relação aos demais, porque, como guardiões da lei, eles não o fizeram e, com certeza, serão responsabilizados. Podem até ser responsabilizados disciplinarmente”, esclareceu Zaqueu Mucambel, acrescentando que “diligências continuarão com vista à identificação e neutralização de outros supostos criminosos, membros deste grupo”.

Dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) indicam que o país tem mais de dez mil elefantes alvo de ataques de caçadores furtivos, que procuram marfim para a comercialização.

 

Subiu para sete o número de vítimas mortais em consequência da explosão de um camião-cisterna na última sexta-feira no distrito de Vandúzi, em Manica. Três pessoas, todas mulheres, perderam a vida nas últimas 24 horas.

Assim, das 11 vítimas que deram entrada no Hospital Provincial de Chimoio, oito ainda lutam pela vida e a maior parte estão com queimaduras de até 90 por cento do corpo, segundo confirmação de Juvenal Chithovele, director-clínico da unidade sanitária.

“Recebemos 11 pacientes vítimas de queimaduras extensas. Os pacientes vinham graves e estabilizámos e estamos a tratar. Neste momento, tivemos, infelizmente, óbitos em número de três pacientes de sexo feminino e ainda há pacientes com queimaduras extensas, cujo prognóstico não é bom. Apesar de todo o esforço que estamos a fazer, continuam graves e os próximos dias vão ser importantes para determinar o resultado”, disse Juvenal Chithovele.

O director-clínico do Hospital Provincial de Chimoio confirmou ainda que alguns dos pacientes estão em estado moderado, ou seja, “têm queimaduras de 20%”, e “essas é que temos a esperança de poder salvar, e estamos a tratar as feridas”.

Em relação aos feridos graves que se encontram internados na unidade sanitária, Juvenal Chithovele diz que não haverá necessidade de serem transferidos para a unidade sanitária de referência, no caso, o Hospital Central da Beira, uma vez que Hospital Provincial de Chimoio dispõe de todo o material para o seu tratamento.

A Moz Environmental, empresa que faz gestão de resíduos considerados tóxicos na cidade de Pemba, vai transferir as suas instalações para um outro lugar, de modo a evitar conflitos com as comunidades locais, que se queixam de poluição ambiental.

Pouco depois de o município de Pemba ter ameaçado processar a Moz Environmental por alegada poluição ambiental na cidade, a empresa de gestão de resíduos tóxicos decidiu mudar as suas instalações para um outro lugar longe das pessoas.

A informação foi confirmada pelo representante da empresa, Alfredo Zandamela, que diz que a mesma compreende que a zona onde está a operar, neste momento, deixou de ser uma zona exclusivamente industrial, até porque começou a haver muitas residências à volta.

“Isso é devido ao crescimento da cidade de Pemba, mas o que nós sempre pedimos foi tempo para reinvestirmos num outro espaço para podermos sair. Então, sair é algo que já está decidido, não é questão apenas de documentação”, disse.

A desactivação das instalações poderá levar cerca de dois anos, mas a Moz Environmental vai tomar algumas medidas imediatas para evitar mais reclamações das comunidades que vivem à volta da empresa.

“A incineradora vai ser a primeira unidade a ser transferida, dentro de dois meses, no máximo, e o assunto das águas também. Essa transferência e tratamento acelerado que estamos a fazer”, disse, acrescentando que estava a fazer concertação com a equipa técnica da empresa, que entretanto “não garantiram que também dentro de dois meses essa transferência das águas vai acontecer”.

A Moz Environmental  reconhece o desconforto criado pelo fumo e pelo mau cheiro resultante do processamento dos resíduos considerados tóxicos, mas a empresa  garante que não está a poluir o meio ambiente.

“Primeiro, reconhecemos que esta zona deixou de ser uma zona industrial, e, segundo, reconhecemos que existe o assunto do cheiro por causa de alguns produtos químicos que manuseamos. Então, é nosso interesse também estarmos numa zona que cria menos ruído, e é por causa disso que vamos mudar”, disse Alfredo Zandamela.

Para este, a mudança de local da empresa não é no sentido de culpa, “é no sentido apenas de mantermos a harmonia e boa convivência com as comunidades à nossa volta”.

Apesar da decisão de transferência das instalações, a Moz Environmental continua a aguardar as provas da acusação feita pelo presidente do município de Pemba sobre alegada poluição ambiental na cidade, segundo vincou Alfredo Zandamela, representante da empresa.

“Se o município quer processar, seja a Moz ou outras entidades, caberá ao ele dizer qual é a base que leva para fazerem isso, mas nós reiteramos que somos uma empresa séria, que opera dentro daquilo que são padrões legais e aceitáveis internacionalmente”, esclareceu Zandamela.

O caso de suposta poluição ambiental em Pemba começou no ano passado. Já foi analisado por especialistas ambientais e até chegou ao Tribunal Administrativo provincial, em Cabo Delgado, mas até agora, pelo menos oficialmente, ainda não há provas de existência de poluição ambiental com resíduos considerados tóxicos na cidade.

A defesa da independência da Justiça, maior transparência na governação, investimentos reforçados na defesa e a distribuição equitativa dos recursos naturais marcaram a auscultação pública no distrito de Kampfumo, cidade de Maputo, realizada esta terça-feira, no âmbito do Diálogo Nacional.

Os participantes sublinharam a necessidade de uma justiça livre de influências políticas e de uma fiscalização rigorosa na aplicação das leis.

“Queremos uma justiça verdadeiramente independente, que não seja condicionada por interesses partidários ou económicos”, defendeu Ervelina António, residente no distrito.

Na mesma linha, Ana Tembe pediu “maior responsabilização das instituições que aplicam as leis”, frisando que a confiança dos cidadãos depende da transparência dos tribunais.

A segurança foi outro tema central das intervenções. Os munícipes exigiram mais investimentos na defesa, face ao terrorismo, raptos e aos assassinatos de membros da Polícia da República de Moçambique (PRM).

“O país precisa de garantir a segurança dos seus cidadãos e dos agentes que nos protegem”, afirmou Ricardo Mágoe.

Já Maria Angelina reforçou que “sem segurança, não há desenvolvimento nem paz verdadeira”.

A gestão dos recursos naturais também gerou amplo debate, com apelos à transparência e à justa distribuição das receitas nacionais.

“Os recursos de Moçambique devem beneficiar todos os moçambicanos, e não apenas uma minoria”, salientou Eduardo Pinheiro.

Para Maria Mawaie, “é urgente garantir que as comunidades próximas das zonas de exploração recebam benefícios concretos”.

A Comissão Técnica responsável pelas auscultações considerou positivo o balanço do processo, destacando a abrangência territorial e a inclusão de zonas afectadas pelo terrorismo em Cabo Delgado.

“As auscultações cobriram todo o país, incluindo as áreas mais sensíveis, e recolheram contributos valiosos sobre soberania digital e governação participativa”, afirmou Ivone Soares, membro da Comissão Técnica.

Durante a sessão, algumas vozes questionaram o papel do Primeiro-Ministro e sugeriram a criação de um governo semi-presidencialista, como forma de garantir maior equilíbrio de poderes.

A auscultação em KaMpfumo insere-se no processo de recolha de opiniões para o Diálogo Nacional, iniciativa que pretende reforçar a coesão, a paz e o desenvolvimento sustentável em Moçambique, após a ocorrência da crise política sem precedentes.

Três pessoas estão detidas, na Matola, pelo suposto envolvimento no assassinato de um motorista de táxi por aplicativo. O Serviço Nacional de Investigação Criminal diz já ter identificado o principal mandante e já emitiu o mandado de captura.

Um cidadão de 40 anos de idade, motorista de táxi por aplicativo, foi assassinado, no município da Matola, há cerca de duas semanas. 

A vítima foi encontrada numa mata, com sinais de agressão física e membros superiores e inferiores amordaçados. 

Esta terça-feira, o Serviço Nacional de Investigação Criminal disse haver avanços nas investigações sobre o assassinato. 

“Com relação a este assunto o SERNIC está mesmo a trabalhar e temos tido bons resultados. Um caso prático é o do motorista de táxi por aplicativo, Egas Bié, já temos 3 detidos e um mandado de captura contra o principal suspeito”, explicou Judite Nhanengue, porta-voz da instituição, na província de Maputo.

Os acusados foram detidos na semana passada. 

Sobre o assassinato de agentes da polícia, o Sernic diz ainda haver investigações em curso. 

Judite Nhanengue falava após apresentar quatro indivíduos acusados de tráfico de drogas, que estava a ser transportada nesta viatura, com destino ao mercado grossista Zimpeto e outra que era vendida disfarçada de doces. 

“Com três detidos foi possível encontrar uma quantidade repartida em três saquetas de 8 quilos, que continha uma substância que submetida a perícia constatou-se que se trata de cannabis sativa, vulgo suruma, que estava a ser transportada disfarçada dentro de uma camioneta que tinha duas toneladas  de maçaroca. Eles foram detidos no dia 27 de Outubro na zona da Matola Rio e a mercadoria usada para ser descarregada no mercado Zimpeto. O quarto cidadão foi detido na posse de uma quantidade de 1 kg de cannabis sativa, uma parte da qual estava no modo normal e outra processada, convertida em rebuçados  ”

Os indiciados assumem o seu envolvimento, afirmando que “o que está embrulhado é cannabis, usava para consumir ”. 

Os detidos têm idades entre 28 e 35 anos. 

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