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Sobreviventes do ataque à vila de Palma relatam momentos de drama

Os primeiros sobreviventes dos ataques terroristas, na vila de Palma, já começaram a chegar à cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado.

Maior parte dos deslocados não quis falar à imprensa, mas os poucos que aceitaram gravar entrevista com “O País”, relataram alguns momentos dramáticos que viveram durante o assalto.

Os sobreviventes chegaram a Pemba via aérea e a maioria são trabalhadores das empresas ligadas à exploração de gás na  bacia do Rovuma.

“O cenário do outro canto não está nada bom. Não sei agora que saí porque aconteceu esse tiroteio com os terroristas, acabando por afugentar todos nós de Afungi, aqueles que tiveram sorte, mas aqueles que não tiveram sorte continuam lá na mata. Falo dos meus colegas que estão na mata neste momento. Não sabemos como eles estão, já estão a três dias. Nós tivemos a sorte de sair e ser resgatados pelos agentes de Afungi”, disse um dos sobreviventes do ataque.

O motorista de uma das empresas que fornece inertes para a construção da plataforma de exploração de gás em Afungi conta que, no momento da ocorrência do ataque, estava em Quionganga, há cerca de 30 Quilómetros da vila de Palma.

“Estávamos a trabalhar lá e de repente apareceram os homens que disseram ser os Al Shabab. A sorte é que os militares que estavam perto de nós nos chamaram para entrar no quartel. Dali corremos, entramos no quartel e os outros foram para o mato. Ninguém morreu, apenas alguém foi atingido no pé”.

A evacuação está a ser por feita uma companhia aérea privada a partir da Península de Afungi, para onde se refugiou a maior parte da população da vila de Palma, onde segundo relatos esta completamente destruída e abandonada.

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