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Sete moçambicanos e cinco estrangeiros estarão nos bancos do Moçambola

Foto: O País

O Moçambola 2022 vai contar com 12 clubes, numa deliberação feita pela Liga Moçambicana de Futebol e Federação Moçambicana de Futebol. Os 12 clubes já definiram seus treinadores para a temporada futebolística, com destaque para sete moçambicanos e cinco estrangeiros. Mas muitos outros ficaram de fora, com alguns a serem adjuntos.

As 12 equipas que vão disputar o campeonato nacional de futebol, o Moçambola edição 2022, já definiram os seus bancos técnicos, com indicação dos respectivos treinadores. São ao todo sete técnicos moçambicanos e outros cinco estrangeiros, com destaque para alguns regressos ao futebol moçambicano, depois de alguma temporada fora de portas.

Dos treinadores moçambicanos o destaque vai, sem dúvidas, para o experiente técnico Artur Semedo, ao leme do canário, único clube que ainda não tinha orientado, dos chamados grandes do futebol moçambicano. Semedo iniciou a carreira de treinador, no país, em 2003, a frente do Desportivo Maputo, tendo passado por outros tantos clubes, nomeadamente Ferroviário de Maputo, Maxaquene, Liga Desportiva de Maputo, UD Songo, Clube de Chibuto e muito recentemente o Textáfrica do Chimoio.

É dos mais titulados, dos que estão em acção, tendo vencido um título do campeonato nacional com o Ferroviário de Maputo, em 2005, dois com a Liga Desportiva de Maputo, em 2010 e 2011, para além de vencer a Taça de Moçambique com o Ferroviário de Maputo, em 2004, e com a UD Songo, em 2016.

Mais antigo a comandar equipas moçambicanas, nomeadamente desde 1997, ao serviço do Costa do Sol, está Nacir Armando, hoje ao leme do Matchedje de Mocuba, equipa que salvou na última jornada da temporada passada de descer de divisão. Nacir Armando tem passagens Ferroviário de Nampula, Matchedje de Maputo, Estrela Vermelha de Maputo, Ferroviário de Maputo, Desportivo de Nacala, Ferroviários de Quelimane e de Nacala, Associação Desportiva de Macuácua, Chingale de Tete e União Desportiva de Songo, clube pelo qual conquistou um Moçambola e uma Taça de Moçambique.

Dos experientes, destaque ainda para Antoninho Muchanga, a liderar o Ferroviário de Lichinga pela segunda temporada consecutiva, depois de ter feito uma brilhante campanha ano passado, Eurico da Conceição, que parece estar de pedra e cal na Associação Desportiva de Vilankulo, clube pelo qual tem servido de bombeiro, sempre que se contrata um treinador que não depois é chicoteado, e Dário Monteiro, a assumir a Liga desportiva de Maputo, também pelo segundo ano consecutivo, num acordo com a Federação Moçambicana de Futebol, já que é, também, seleccionador nacional de sub-20.

Os restantes treinadores moçambicanos nas equipas do Moçambola são Artur Macassar, com pouca experiência, mas que conseguiu manter o Ferroviário de Nacala no Moçambola, depois da saída de Antero Cambaco, e Artur Comboio, que tem sido o amuleto do Incomáti de Xinavane, clube que conseguiu manter no Moçambola em 2019.

Aliás, Comboio iniciou a época passada nos “açucareiros”, mas depois veio treinar o Costa do Sol, não tendo tido sorte. Este ano a direcção de Xinavane voltou a recuperar o técnico para a temporada 2022.

 

DOIS REGRESSADOS DOS CINCO ESTRANGEIROS

Relativamente aos treinadores estrangeiros, o maior destaque vai para o zambiano Wedson Nyirenda e o português Nelson Santos.

Nyirenda chegou ao país em 2013 para comandar a União Desportiva de Songo (então-HCB de Songo), até finais de 2014, quando transferiu-se para o Ferroviário da Beira, em 2015. Nos “locomotivas” de Chiveve preparou a equipa que conquistou o título em 2016, não levantando o troféu porque foi convidado a orientar a selecção zambiana em meados deste ano.

Wedson Nyirenda faz agora o sentido contrário, regressando pela porta do último clube em Moçambique, o Ferroviário da Beira, num contrato de dois anos.

Já Nelson Santos, que até regressou em meados do ano passado para garantir a manutenção do Ferroviário de Nampula no Moçambola-2022, iniciou a carreira no país pela porta do Costa do Sol, onde foi treinador adjunto entre 2012 a 2015, ano em que assumiu o barco.

Nos “canarinhos”, Nelson Santos venceu uma Taça de Moçambique, em 2017, passando no ano seguinte para o Ferroviário de Maputo.

Inácio Soares, por seu turno, não é de todo estreante no futebol moçambicano, já que esteve ao serviço da Black Bulls, ano passado, como adjunto de Hélder Duarte, com quem conquistou o título inédito dos “touros”. Esta temporada, a direcção da turma de Tchumene preferiu manter o técnico, agora como principal.

Estreantes mesmo no futebol moçambicano são o sérvio Srdjav Zivojnov, no comando da União Desportiva de Songo, e o belga, Jean Loscuito, no Ferroviário de Maputo.

“Sergio” Zivojnov chegou, em finais do ano passado ao país, para conhecer o futebol moçambicano e o seu clube, a UD Songo. Vai continuar a trabalhar com Carlos Manuel, como adjunto.

Já Loscuito chegou de surpresa para dirigir a “locomotiva” da capital do país, que procura resgatar a mística que já teve e os títulos que fogem há sete anos, ou seja, 2015, quando conquistou seu último título nacional.

 

TREINADORES RENOMADOS DE FORA DA ALTA-RODA

Entretanto, segundo dados estatísticos, o país conta com cerca de 150 treinadores moçambicanos, que ficam de fora da alta-roda do futebol nacional, o Moçambola-2022.

Alguns estarão presentes como treinadores adjuntos, casos de Carlos Manuel, Danito Parruque, Custódio Parruque, Danito Nhampossa, Arnaldo Ouana, Tiago Machaisse, Carlos Baúte e Zé Augusto, nas equipas do Moçambola, prova que arranca em Maio próximo.

Mas outros há que acabaram por aceitar convites para treinar equipas dos escalões inferiores do Moçambola, nomeadamente a segunda divisão (dos Campeonatos provinciais), como são os casos de Eduardo Jumisse, Lopes Cumbana, Alberto Gimo, Erasmo Cabral, Rogério “Zulu” Balate, Mano Mano, Chaquil Bemat, Uzaras Mohamed e Zainadine Mulungo, em várias regiões e clubes do país.

Por outro lado, treinadores renomados como Nelinho Nassir, Satar Salvado, Victor Mayamba, Akil Marcelino, Sérgio Faife, Arnaldo Salvado, João Chissano, Amid Tarmamade, Ali Hassan, Mussá Osman, Aleixo Fumo, Sebastião Sitoe, Victor Matine, Alcides Chambal, Antero Cambaco, Danito Cuta, Abdul Omar, e outros, continuam “desempregados”, embora alguns estejam a exercer outros cargos nas estruturas desportivas do país, nomeadamente na Federação Moçambicana de Futebol e nos clubes.

 

TREINADORES QUE VÃO ORIENTAR EQUIPAS DO MOÇAMBOLA 2022

1-       Costa do Sol – Artur Semedo

2-       Ferrov de Nampula – Nelson Santos

3-       Ferrov de Maputo   – Jean Loscuito

4-       UD Songo – Srdjav Zivojnov

5-       Ferrov da Beira – Wedson Nyerenda

6-       LD Maputo – Dário Monteiro

7-       Ferrov de Nacala – Artur Macassar

8-       AD Vilankulo -Eurico da Conceição

9-       Incomáti de Xinavane -Artur Comboio

10-      Black Bulls -Inácio Soares

11-      Ferrov de Lichinga   – Antoninho Muchanga

12-      Matchedje de Mocuba – Nassir Armando

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