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“Ser interino não significa não ser um oficial”

Na tarde da última quarta-feira a Renamo chamou a imprensa para manifestar desacordo em relação as nomeações interinas de três oficiais do partido para cargos de chefia no Ministério da Defesa Nacional, alegando que o acordo alcançado só prevê nomeações efectivas.

Depois de 24 horas, o Ministro da Defesa Nacional, Atanásio Mtumuke considerou a situação como sendo “normal”. “Ser interino não significa não ser um oficial. São oficiais, até porque estão aqui. Nós estamos a cumprir aquilo que foi estabelecido entre o falecido Presidente da RENAMO e o Presidente da República”, reagiu.

Os oficiais nomeados interinamente sentem-se confortáveis com as novas funções, afinal já têm uma carreira estabelecida nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

 “Eu tenho toda a minha vida na carreira militar, não estou sendo incorporado agora, estou a fazer perto de quatro décadas de carreira, estou nas FADM desde a sua criação em 1994”, afirmou o empossado para Brigadeiro, Xávier António.

O nomeado Chefe do Departamento das Informações Militares, Inácio Luíz Vaz partilha da mesma opinião em relação ao tempo em que está integrado nas FADM. “Já desempenhei várias funções nas FADM, o que aconteceu aqui foi no âmbito político, conheço a casa, não estou a ser integrado, trata-se de um enquadramento”. Entretanto, em relação as nomeações interinas, Vaz afirmou que: “nós somos militares e não políticos. Mas se formos a ver os estatutos, não prevêem a nomeação interina. Mas eu disse que eu não sou político, sou militar, sempre contribuÍ deste 1994 e vou continuar a contribuir”.

Ainda nesta quinta-feira, o ministro da Defesa Nacional conferiu posse a novos quadros do ministério, a quem exortou a trabalhar mais para a defesa da integridade territorial e da soberania do país.

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