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Seis raparigas abandonaram a escola devido à gravidez precoce no distrito de Chiúta

Foto: O Pais

Na província de Tete, várias raparigas são engravidadas ou forçadas a casar antes de completar 18 anos de idade. Só neste ano, no distrito de Chiúta, seis raparigas com idades entre 14 e 16 anos, deixaram de frequentar a escola devido ao fenómeno.

A luta contra as uniões prematuras e gravidez indesejada ainda está longe de se alcançar na província de Tete. Várias raparigas são engravidadas ou forçadas a casar muito cedo. Nos primeiros nove meses deste ano, seis raparigas abandonaram a escola devido ao fenómeno no distrito de Chiúta. Entretanto, muitas destas raparigas são enganadas por quem devia protegê-las.

Segundo avançou o director distrital da Educação em Chiúta, Cesar Inacio, “ao nível das escolas existe um ponto focal que trabalha com as meninas de modo que mesmo na situação em que se encontram [de gravidez] não possam desistir. O número que temos agora é de seis meninas em estado de gravidez”.

O responsável pela Educação naquele distrito assegurou ainda que parte destas raparigas já foram resgatadas e estão a frequentar a escola.

“Estão a estudar e acreditamos que elas vão chegar até ao final do ano, e de lá teremos o resultado que nós pretendemos. Esperamos que isto não contribua negativamente no processo de formação”, disse César Inácio.

É por esta razão, que a Coalizão da Juventude, uma associação que opera em 20 distritos do país, está a formar raparigas de diferentes postos administrativos da Província de Tete, em matérias de saúde sexual e reprodutiva para realizarem sessões de monitoria nas comunidades onde estão inseridas.

“É por isso que nós estamos a trabalhar com adolescentes e jovens nesta faixa etária dos 10 aos 14 e dos 15 aos 24 anos, porque estes jovens têm de ser protagonistas e têm de ser eles a fazerem a mudança neste país”, disse Faruke Simango, director-geral da AJC.

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