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Salim Valá diz que venda das acções da HCB será Transparente

A quando do décimo aniversário da reversão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa da gestão portuguesa para o Estado Moçambicano, o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou que 7.5 por cento das acções da companhia serão colocadas a venda na Bolsa de Valores de Moçambique.

O PCA Bolsa de Valores de Moçambique, Salim Valá, entidade que irá conduzir o processo, assegura que o mesmo será transparente. “A operacionalização deste processo será pública. A venda de acções será implementada de forma célere e transparente, para que os moçambicanos entrem neste exercício”, assegurou.

Salim Valá disse ainda que todos os moçambicanos que tiverem capital são elegíveis para a compra de acções, independentemente do estrato social, cor, raça, religião e proveniência.

A venda de acções da Hidroeléctrica de Cahora Bassa no mercado de capitas é vista pelo PCA da BVM como um dos indícios da mudança de comportamento e visão sobre o mercado de capitais. Na sua percepção, a sociedade e os agentes económicos estão a confiar na instituição que representa. “Este é um movimento que está dinamizar-se e que vai continuar a prosseguir nas empresas públicas, nas empresas participadas, concessões empresariais, parcerias público-privadas, projectos de grande dimensão, de modo que adiram o mercado de capitais. Queremos que as empresas moçambicanas usem mais a boa governação, a ética no negócio, para que seja alcançado um crescimento económico inclusivo, um desenvolvimento de face humana” disse o PCA.

Salim Valá falava, ontem, no fim de uma formação sobre mercado de capitais em Maputo. A formação foi ministrada por Martin Russell, perito em mercados de capitais, vindo de Londres enviado pelo Mansion House, Gabinete do Lord Mayor da Cidade de Londres. A capacitação é fruto da parceria entre a BVM e a Mansion House.

“Esta capacitação visa fortalecer o capital humano e reforçar as instituições que estão ligadas ao sistema financeiro e ao mercado de capitais. É uma intervenção de suma importância, porque permite habilitar quadros funcionários e gestores de carteiras para poderem estar melhor preparados para continuarem a desenvolver o mercado de capitais e a tratarem de assuntos relacionados com a Bolsa de Valores”, afirmou Valá.

A Alta Comissária Britânica em Moçambique, Joanna Kuenssberg, disse que a parceria entre as duas instituições irá continuar, porque o seu país tem interesse em fortalecer o sistema financeiro moçambicano.

A formação envolveu cerca de cinquenta profissionais de alguns sectores económicos, da banca comercial e de instituições de ensino superior e foi co-financiada pela Mansion House, Barclays Bank Moçambique, Standard Bank, BancABC e Alto Comissariado Britânico em Maputo.

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