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Ritmo man noon troppo

O Ferroviário de Maputo defronta, sexta-feira, o KPA do Quénia nos quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos. As “locomotivas” terminaram em segundo lugar no grupo “A” com sete pontos, atrás do Inter Clube de Angola.

Ainda a colher ervas daninhas do desastroso quarto lugar na Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol, em 2017, e o afastamento nas meias-finais da prova pelo Ferroviário de Maputo, o Inter Clube entrou terça-feira na quadra do pavilhão do Maxaquene com objectivo de mostrar que tal não passou de um acidente de percurso.

E, saliente-se, mostrou: impondo no jogo ritmo man noon troppo na vitória por 77-70, resultado que trouxe um travo amargo no final e ditou a liderança do grupo “A” para as angolanas, relegando o Ferroviário de Maputo ao segundo posto com sete pontos. Três adversários fraquinhos, a começar, e igual número de vitórias.

A 17 de Novembro, na estreia, o Ferroviário de Maputo venceu ao Equity Bank do Quénia por 68-45, num jogo em que controlou todos os quartos.

Nos “targets”, as vice-campeãs nacionais apresentaram 34, 2 % de aproveitamento nos lançamentos de campo (26 lançamentos convertidos em 76 tentados), assim como uma média baixa de 20,6 % nos tiros exteriores (sete lançamentos certeiros em 34 tentados).

A “boxe score” aponta ainda para uma boa percentagem na linha de lances livres, com 75% (nove lançamentos convertido em doze), 56 ressaltos dos quais 23 ofensivos e 33 defensivos e 21 “turnovers”.

Nos registos, com a excepção dos lançamentos exteriores, o Ferroviário de Maputo foi superior ao Equity Bank do Quénia que teve 31, 6 % nos lançamentos de campo (18 lançamentos certeiros em 57 tentados), 42, 9 % nos lançamentos abertos (seis lançamentos certeiros em 14 tentados), 33, 3 % nos lançamentos livres (três convertidos em nove tentados), 37 ressaltos (oito ofensivos e 29 defensivos), sete assistências e 24 perdas de bola.

Na quadra do pavilhão, insuflou-se muita agressividade defensiva com a equipa a defender muito bem os postes e a ter capacidade de colocar duas jogadoras a fazer pressão quando a bola fosse colocada no interior. Boa capacidade de contra-ataques.

MELHORIA NOS “TARGETS”

No segundo jogo, a 18 de Novembro, nova vitória das “locomotivas”.  71-49 foi o resultado registado no duelo com o FAP Basketball dos Camarões.

Melhorias, a assinalar, na percentagem dos lançamentos de campo com 48, 2 % (27 lançamentos convertidos em 56 tentados) contra os 34, 2 % registados na primeira partida frente ao Equity Bank.

Outrossim, nos tiros exteriores o Ferroviário de Maputo já teve melhor percentagem que no primeiro jogo, porquanto contra as camaronesas do FAP obteve 35% (sete lançamentos abertos certeiros em 20 tentados) quando comparado com os 20, 6 % do jogo inaugural.

Mas há mais melhorias: na linha de lances livres, o Ferroviário de Maputo terminou o jogo com o FAP Basketball com 76, 9 % (dez lançamentos convertidos em 13 tentados) contra os 75% na estreia.

Na tabela, ainda que tenha mandado com 35 ressaltos (nove ofensivos e 26 defensivos) contra os 30 do FAP Basketball, o Ferroviário de Maputo registou um decréscimo uma vez que no primeiro jogo colectou 56 ressaltos, para além de ter perdido 14 bolas.

Ao terceiro dia, mais uma vítima no grupo “B” da 24. ª edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos: V-Club da República Democrática do Congo.

A um ritmo de treino, as campeãs nacionais venceram por 75-43.

O conjunto de Leonel “Mabê” Manhique apresentou 45, 6 % nos lançamentos de campo (26 lançamentos convertidos em 57 tentados), uma percentagem melhor que do primeiro jogo (34, 2 %) mas abaixo do segundo embate (48, 2 %). Nos lançamentos exteriores, claro indicador de crescimento da equipa a cada jogo, houve melhor percentagem que nos dois primeiros jogos com 44% (11 lançamentos abertos certeiros em 25 tentados). Na linha de lances livres, o Ferroviário de Maputo apresentou-se na quadra com 12 lançamentos convertidos em 18 tentados, perfazendo uma média de 66, 7 %.

Acresce-se, nestes “targets”, 35 ressaltos (12 ofensivos e 23 defensivos), 17 perdas de bola e 21 assistências.

A equipa cometeu menos “turnovers” que no primeiro jogo (21) e mais três comparativamente ao segundo (14).

BLOQUEIO PSICOLÓGICO

Terça-feira foi a “doer” frente ao Inter Clube, seríssimo candidato ao título.

E, num jogo que obrigou a um esforço enorme quando comparado aos anteriores, o Ferroviário de Maputo teve uma percentagem de 41, 3 % nos lançamentos de campo (26 convertidos em 63 tentados), superando o registo do primeiro jogo (34, 2 %),

Há, ainda nesta leitura da “boxe score”, um decréscimo quando comparado com o segundo e terceiro jogos onde a percentagem de lançamentos de campo foi de 48, 2 % e 45, 6 %, respectivamente.

Frente as angolanas lançou-se menos na zona dos 6, 75 metros.  De resto, e o registo é claro, foram apenas quatro tiros exteriores certeiros em 25 tentados, perfazendo uma pobre média de 16% de aproveitamento neste quesito.

Números abaixo dos 20, 6 % (sete lançamentos certeiros em 34 tentados) no primeiro jogo, 35% do (sete lançamentos abertos certeiros em 20 tentados) no segundo e 44% (11 lançamentos abertos certeiros em 25 tentados) no terceiro embates.

Na linha de lances livres, frente ao Inter Clube, o Ferroviário de Maputo teve uma percentagem com 60% de aproveitamento (14 convertidos em 23 tentados), sendo que esta média não supera a dos anteriores jogos nos quais se registou 75%, 76, 9 % e 66, 7 %.

O Ferroviário de Maputo, neste jogo com as “polícias”, cometeu 14 “turnovers”, os mesmos que no segundo e menos sete que o primeiro (21) e três que o terceiro (17).

Na luta das tabelas, há registo de 34 ressaltos (14 ofensivos e 34 defensivos) que não superam a marca dos jogos anteriores: 56 ressaltos, no primeiro jogo, 35 ressaltos no segundo e  35 ressaltos  no terceiro.

 

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