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Risco da conjuntura pressiona subida de preços no país

A Área de Estudos Económicos do Millennium Bim antevê uma subida geral de preços no último trimestre deste ano, em Moçambique, devido ao agravamento de choques internos e externos.
Na componente externa, os economistas deste banco comercial apontam os efeitos da xenofobia que se regista na vizinha África do Sul, afectando os sectores de transporte e comércio.

Incertezas no mercado petrolífero, aliada a restrições da produção global, escalada de tensões entre as principais economias e a elevada dívida interna, são outros factores que poderão ditar o agravamento do custo de vida em Moçambique.
“Não obstante as condições económicas favorecerem a projecção da inflação em torno de um dígito, antevemos uma postura prudente na condução da política monetária”, refere a Área de Estudos Económicos do Millennium Bim, na sua mais recente nota sobre a conjuntura económica.

Em Agosto passado, o nível geral de preços registou uma aceleração mensal de 0,11%, contrariando a trajectória de deflação (queda de preços) observada nos dois meses anteriores.
No período em análise, a cidade da Beira foi a mais cara do país, ao registar um agravamento de custo de vida na ordem de 3,98%, seguida de Nampula e Maputo com 3,55% e 0,62%, respectivamente.
O aumento de preços na Beira, deveu-se, essencialmente, aos efeitos devastadores do ciclone Idai, que limitaram a oferta dos bens primários para atender as necessidades de consumo interno.

ALERTA ÀS EMPRESAS
Em linha com a avaliação da conjuntura, o Millennium Bim alertou durante o Economic Briefing, realizado semana passada, em Maputo, para o facto de “as empresas terem dificuldades em apresentar informação financeira adequada”.
Sobre o mercado cambial, os economistas desta instituição financeira referem que a divisa moçambicana, o Metical, tem observado menor volatilidade, em parte devido aos efeitos de medidas regulatórias e fluxo de ajudas humanitárias para apoiar o processo de reconstrução de infra-estruturas nas regiões afectadas pelos ciclones, prevendo-se que a moeda nacional se mantenha relativamente estável até final do ano.
Este banco conta uma vasta rede de balcões, mais de 300 agentes bancários e uma das maiores redes de ATM e POS, e com o contributo dos seus 2.500 colaboradores que servem mais de 1.8 milhão de clientes.

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