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Restrições de água ainda afectam algumas famílias em Maputo

Quatro dias depois de o Conselho de Ministros ter anunciado o fim de restrições no fornecimento de água para Maputo, Matola e Boane, alguns bairros ainda se ressentem da falta do precioso líquido. O País visitou alguns bairros da capital e constatou que há residentes sem água há muito tempo. O bairro de Hulene B, por exemplo, está sem água há três meses.

Amélia Joel, uma das residentes do bairro já nem se lembra da última vez que jorrou água na sua torneira.

E porque sem água não há vida, a dona de casa é obrigada a gastar diariamente 60 meticais para comprar água num fornecedor privado. Aliás, esta alternativa é usada por outros moradores.

Este valor associa-se à factura de água que todos os finais do mês os residentes deste bairro são obrigados a pagar, mesmo sem ter tido água em suas casas, segundo dizem.

Um exercício que nem mesmo os mais novos conseguem evitar.

No bairro Ferroviário das Mahotas, Vasquinho percorre as ruas com uma carinha de mão carregada de bidons à procura de água.

Quem também enfrenta o mesmo problema é Lúria Mário, que desde as primeiras horas se empenha em armazenar água em vários depósitos.

Entretanto, alguns bairros já respiram de alívio com a nova medida anunciada nesta terça-feira pelo Conselho de Ministros, na qual faz referência que as cidades de Maputo e Matola passariam a ter água todos os dias, por pelo menos oito horas.

Desde a sexta-feira que os moradores do bairro Laulane tem água sem restrições e esperam que o fornecimento seja contínuo.

Na sexta-feira, a empresa Águas da Região da Maputo anunciou que o fornecimento de água começaria a ser feita em todas as áreas a partir de sexta-feira. Mas dada a distância que separa a Barragem dos Pequenos Libombos e a Estação de Tratamento de água, a retoma da distribuição diária de água continuará a ser feita de forma paulatina, nos próximos dias.

 

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