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Restrição na importação de viaturas usadas é acertada, mas não protege os mais pobres

Economistas são unânimes em concordar com a medida recentemente aprovada pelo Conselho de Ministros, que determina a aplicação de taxas elevadas a viaturas com mais de sete anos de vida. Mas levantam a questão da protecção das pessoas com menor poder de compra como aspecto não acautelado, num contexto em que o sistema de transporte funciona com deficiências

Medida visa proteger consumidores moçambicanos

A porta-voz do Conselho de Ministros explicou por que o Executivo está a desencorajar a importação de veículos com mais de sete anos de uso. “Agravar a taxa de importação de carros com mais de sete anos é proteger os moçambicanos. É dizer ‘não gastem as vossas economias trazendo carros que podem ter muito pouco para dar em termos de vida útil, que podem custar mais com a sua manutenção e que, de uma maneira geral, até podem representar algum problema do ponto de vista ambiental”, explicou Ana Comoana, porta-voz do Conselho de Ministros.

E com o agravamento dos custos de importação da roupa usada, o Governo diz pretender proteger a indústria nacional. “A importação da roupa usada vai ser agravada em 25 meticais. É proteger a indústria nacional, é proteger o consumidor, no sentido de que tem a possibilidade de apostar na capulana, etc., e não continua permanentemente a depender da roupa usada, que foi admitida num determinado contexto do país e que hoje a realidade é outra”, disse.

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