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Restaurantes e bares somam prejuízos com eclosão da COVID-19

Restaurantes e bares da cidade de Maputo dizem estar a somar prejuízos desde que a pandemia do Coronavírus eclodiu no país. Com o número de casos positivos a subir diariamente e com as medidas de prevenção que estão a ser implementadas no país, como restrições de circulação em vários locais, permanência de aglomerados e outras restrições, os restaurantes e bares já se ressentem da eclosão da pandemia.

Muitos estabelecimentos de restauração falam em prejuízos, com a redução drástica dos seus clientes.
Em um dos restaurantes, o gerente contou que das 15 a 18 mesas que diariamente eram ocupadas antes da Covid-10, agora são apenas três a quatro mesas.

Ademais, tiveram que fazer muitas alterações no funcionamento interno, como por exemplo os horários de trabalho, o número de trabalhadores por dia, bem como as medidas de prevenção.

“Tivemos que dividir os trabalhadores em dois grupos, em que quatro trabalham dois dias e ficam em casa dois dias, enquanto outros trabalham. E estes tem que fazer um único horário, que agora é das 10H00 às 20H00.

Temos que nos sacrificar!”, contou Fernando Mendes, sub-gerente do restaurante Italiano, no museu.

Ademais, este restaurante diz ter sofrido aquando da implementação das medidas de prevenção, pois “tínhamos colocado desinfetantes em todas mesas, mas os clientes acabavam levando para casa os recipientes e tivemos que retirar das mesas. Agora temos na entrada, nos lavabos e no bar, para os trabalhadores e clientes”, contou.

Daqui para frente, Fernando Mendes diz que a solução será esperar pelas medidas que serão anunciadas pelo governo, não sabendo como será o futuro.

A mesma situação encontramos no Dolce Vita, onde a gerência teve que implementar medidas internas para conter a falta de clientes. “Aqui fomos obrigados a adoptar o sistema de um trabalhador por cada sector. Fazemos três turnos por dia e já só funcionamos até as 21H00”, disse Márcia Langa, funcionário do estabelecimento.

Uma outra medida implementada é a restrição, no seu interior, da entrada de clientes, estando apenas disponíveis oito mesas, do lado da esplanada, para acomodar os clientes. Significa isso uma redução de mais de 20 mesas e os prejuízos são incalculáveis, segundo contou Márcia Langa.

Como medida para conter a propagação da pandemia, este estabelecimento usa o sistema de encomendas, não permitindo que os clientes se alimentem no local.
Em quase todos os restaurantes e bares o cenário é o mesmo, com mesas vazias e apenas duas a três meses ocupadas, até em períodos de refeições.

Alguns já pensam em fechar os estabelecimentos mesmo antes das medidas a serem tomadas pelo governo. É o caso do El Patron, que usou o dia de sábado como o último, antes do encerramento, até que a situação se normalize.

Mas outros há que não esperam pelas medidas do governo, que poderão ser anunciadas nos próximos dias, caso seja decretado o Estado de Emergência e as medidas que dai advirem, depois do anúncio.

 

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