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Residentes  de Namanhumbir sem benefícios da indústria extractiva

As comunidades de Namanhumbir em Cabo Delgado ainda não estão a se beneficiar da exploração de rubis daquela região.

Enquanto os rubis de Namanhumbir atingem recordes em leilões internacionais realizados em Singapura, as populações das zonas onde estas pedras preciosas são exploradas continuam pobres e com direitos humanos violados.

No relatório apresentado nesta quarta-feira em Maputo, a Coligação Cívica sobre a Indústria Extractiva critica a distribuição dos benefícios da exploração de rubis de Namanhumbir, em Cabo Delgado e o processo de reassentamento.

As populações de Namanhumbir só têm direito a 2.5 porcento dos rendimentos das empresas que exploram rubis.
Além da falta de benefícios, as populações vivem com o medo das Forças de Defesa e Segurança que cercam a zona onde são explorados os rubis.

No encontro, a sociedade civil repudiou a atitude da Polícia que descarregou sobre a população que manifestava contra a expropriação das suas terras a favor de projectos de exploração minera. Os confrontos resultaram na morte de uma pessoa e ferimentos de outras sete.

A Coligação Cívica sobre a Indústria Extractiva monitorou, também, o projecto de exploração de areais pesadas de Chibuto, onde constatou irregularidades ligadas à compensação das comunidades a serem reassentadas.

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