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Reserva de Marromeu recebe 11 chitas, espécie extinta há mais de 30 anos

Segundo um comunicado enviado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), a Reserva de Marromeu recebeu 11 chitas, sendo que 10 destas espécies são provenientes da África do Sul e uma do Malawi.

Os animais foram oferecidos a Moçambique por Parques e Reservas daqueles dois países da SADC, para suprir um défice de há 30 anos, no Complexo do Marromeu.

A translocação dos referidos animais foi financiada pela Fundação da Família Cabela (Cabela Family Foundation) dos Estados Unidos da América (EUA), e envolveu cinco aviões e dezenas de profissionais de Moçambique, África do Sul e Malawi.

A ANAC espera que, dentro de 10 a 15 anos, a população de chitas no complexo de Marromeu seja de mais de 100, podendo ser uma das maiores concentrações em África. As chitas enfrentam o risco de extinção, devido às mudanças climáticas, caça ilegal e destruição do habitat, baixa taxa de natalidade, como resultado de limitada variabilidade genética, provocada por eventos anteriores próximos da extinção. Com menos descendentes, a população não pode crescer nem se adaptar às mudanças no meio ambiente, pelo que se torna ainda mais crítica a sua protecção.

O comunicado da ANAC refere que, em 2018, a Fundação da Família Cabela financiou a translocação para a Coutada 11 de 24 leões. Aquela reintrodução terá contribuído para o aumento da população de leões na Coutada 11, agora estimada em 70 animais.

O Complexo de Marromeu é um conjunto de áreas de conservação declarado sítio Ramsar, ou seja, uma terra húmida de importância internacional, localizado no distrito do mesmo nome. Foi registado pela Convenção RAMSAR em 2004. Cobrindo uma área de 6880 km², na margem sul do delta do Zambeze, o complexo é formado pelas Coutadas Oficiais 10, 11, 12 e 14 e pela Reserva Nacional de Marromeu e está localizado na província de Sofala. É limitado a sul pela escarpa de Cheringoma.

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