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Renamo diz que não chamar Nyusi ao julgamento é sinal de justiça capturada

Foto: O País

O Líder da Renamo, Osssufo Momade diz que, a bem da justiça, o antigo Chefe do Comando Operativo deve ser ouvido no processo de Julgamento do caso das Dívidas Ocultas. O maior partido da oposição diz que o posicionamento de Efigénio Baptista sobre esta matéria mostra que o judiciário está capturado.

No Tribunal já houve três requerimentos para ouvir o actual Presidente da República, aquando da criação do Sistema Integrado de Monitoria e Proteção, chefe do comando operativo e ministro da defesa.

No Tribunal, todos os pedidos foram indeferidos pelo Juiz da causa, Efigénio Baptista. As tentativas de ouvir da versão de Filipe Nyusi na fase de produção da prova cessaram na Corte, mas, fora dos autos, a Renamo insiste.

“O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, deve ser ouvido no âmbito do processo a correr os seus termos na B.O (Cadeia de Máxima Segurança da Província de Maputo), porque, nos termos do Artigo 35 da Constituição da República de Moçambique, todos os cidadãos são iguais perante a lei”, disse Ossufo Momade.

Para o líder da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, “nada justifica que o então chefe do Comando Operativo não seja ouvido no processo de produção da prova, alegadamente por ter sido ouvido antes, até porque todos os outros declarantes ouvidos na tenda da B.O também foram ouvidos em outras fases do processo”.

Ossufo Momade diz que a recusa do Juiz em notificar Filipe Nyusi sustentam a ideia de que o judiciário está capturado. “O comportamento do Tribunal e da Procuradoria-Geral da República é mais uma evidência de que o Estado moçambicano está capturado”, defendeu.

Para além dessa insistência no sentido de ver Nyusi no banco dos declarantes, Ossufo Momade aproveitou a conferência de imprensa para lavar a imagem, dizendo que “a Renamo não é inimiga dos moçambicanos”.

É a reacção da liderança da Renamo às explicações de Armando Guebuza sobre por que as dívidas para a constituição da Proíndicus, MAM e EMATUM não passaram pelo parlamento.

Guebuza disse essencialmente que na Assembleia da República morava parte do inimigo a combater através do Sistema Integrado de Monitoria e Protecção, a Renamo, que perpetrava ataques no centro do país e em Nampula.

“Esta falsa narrativa, que permitiu o maior calote financeiro de todos os tempos encerra em si um conjunto de contradições. Mas, afinal, o Sistema Integrado de Monitoria e Proteção da Zona Económica e Exclusiva de Moçambique era para proteger a nossa riqueza ou era para combater a Renamo?”, questionou.

Uma das perguntas que tem e duvida que serão respondidas por este julgamento. Ossufo Momade duvida que este processo revele a verdade por detrás da Proíndicus, EMATUM e MAM.

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