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Renamo critica acções belicistas da Junta Militar

No passado dia 27 de Abril, um grupo de homens armados disparou contra uma residência de um líder local, no posto administrativo de Caprizagem, província de Tete,  sem criar danos humanos, e, depois do ataque, o mesmo grupo deixou  uma carta na qual se identificou como sendo integrantes da Junta Militar da RENAMO e que incursão visava reivindicar a liderança da perdiz, tal como o tem feito desde meados de 2019.

Ossufo Momade, presidente da RENAMO, voltou a considerar de infundado e sem nexo o posicionamento deste grupo e reiterou o convite para Mariano Nhongo, líder da Junta e os seus seguidores para se integrarem ao processo de DDR.

“É desumano atacar civis e FDS para reivindicar a presidência da RENAMO. Nem os civis e muito menos as FDS fazem parte da liderança da Renamo, nem são nossos membros. Houve um congresso onde fomos eleitos democraticamente. Dentro da Renamo, há espaços para contestar seja o que for. Não se justifica pegar numa espingarda e disparar contra pessoas, matá-las e destruir os seus bens, porque estão contra Ossufo Momade. É absurdo. Os problemas do partido resolvem-se dentro do partido. Condenamos esta atitude e convidamos a Junta Militar a abraçar o DDR e contribuir na consolidação da paz no país, pois este e o nosso foco neste momento”, referiu Ossufo Momade.

Ossufo Momade falava na Beira à margem da cerimónia de lançamento da semana Afonso Dhlakama, antigo presidente da RENAMO, que visa homenagear e imortalizar os seus  feitos.  A cerimónia contou com a exibição de fotografias e vídeos que retratavam a vida e obra de Afonso Dhlakama, que morreu aos 63 anos de idade.

“Dhlakama orgulha-nos, porque, durante toda a sua vida, sempre relegou para segundo plano os seus interesses e colocou os interesses na maioria em primeiro lugar. Aliás, o seu último suspiro foi nas matas de Gorongosa onde esteve exactamente a defender os interesses da nação, onde, coincidentemente, iniciou a luta pela segunda República, a Republica de um Estado de Direito Democrático, porque queria concretizar o sonho de ver um Moçambique melhor. Porque um herói não morre e os seus ideais prevalecem para sempre, temos o privilégio de lançar a semana comemorativa da morte do presidente Afonso Dhlakama, a partir de hoje, 1 de Maio, até dia nove deste mês, como forma de imortalizar os seus feitos e sua dedicação à nação moçambicana”.

Afonso Dhlakama morreu vítima de doença no dia 3 de Maio de 2018, na mítica serra  de Gorongosa, donde coordenava o seu partido política e militarmente. As cerimónias estão a ser celebradas sob o lema “Afonso Dhlakama, o pai da Democracia”.

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