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Renamo considera que Governo faz pouco para evitar eclosão do COVID-19

O maior partido da oposição no país, a Renamo, entende que o Governo tem feito pouco nas acções de prevenção do COVID-19, que diariamente se alastra pelo mundo, e considera quase nulas todas as actividades até aqui levadas a cabo para evitar a eclosão da doença em Moçambique

Diz-se não estar alheio sobre as actualizações que têm corrido aos meios de comunicação social sobre o novo Coronavírus que a cada dia está a propagar-se e a fazer vítimas em todo mundo.

É por isso que o maior partido da oposição convocou hoje, a imprensa, para apresentar seu posicionamento em relação às medidas que até aqui têm sido tomadas pelas autoridades nacionais para evitar o surto no país.

“As nossas fronteiras encontram-se praticamente a descoberto, olhando para a situação da fronteira de Ressano Garcia, que segundo uma reportagem televisiva (Stv), regista-se entrada de pessoas e bens sem uma triagem rigorosa, o que põe em risco todo um povo”, afirmou José Manteigas, porta-voz do partido, considerando: “as medidas adoptadas em Ressano Garcia são quase nulas!”.

“Quase nulas”, a Renamo entende igualmente serem todas as acções de sensibilização levadas até aqui a cabo pelo Ministério da Saúde.

Para o partido, é preciso que sejam intensificadas as campanhas de informação para as populações residentes nos pontos mais recônditos do país, “não bastando apenas comunicações a partir do gabinete e spots televisivos ou radiofónicos”.

“Sendo este vírus tao mortífero, vários países já encerraram as suas fronteiras, mas Moçambique continua a deixar as suas fronteiras a mercê da providência divina perante um perigo tão eminente”, lamentou o porta-voz da Renamo.

Entretanto, não são apenas estes aspectos que preocupam “a perdiz”. O outro diz respeito aos moçambicanos residentes na China, dos quais não se sabe o ponto de situação. “Há informações segundo as quais alguns estudantes matriculados naquele país regressaram, mas não se conhece nenhuma medida”, disse Manteigas, na conferência de imprensa de ontem.

GOVERNO GARANTE “ESTAR A TRABALHAR”

No entanto, ainda ontem, a margem de um evento dirigido aos alunos de uma secundária na cidade de Maputo, o ministro da Saúde, Amindo Tiago, disse à imprensa que o Executivo está a trabalhar, sendo que a medida sugerida em relação ao encerramento das fronteiras nacionais, por exemplo, não é procedente para o momento, “uma vez que o Governo funciona com base em acordos internacionais. Um deles é o chamado Regulamento Sanitário Internacional, o qual recomenda quando é que uma fronteira deve ser encerrada. O encerramento é uma medida extrema”, disse Tiago.

E sobre a alegada ineficácia das mensagens veiculadas nos meios de comunicação social, o titular da pasta da saúde referiu que o sector “acredita que os meios estão a ser eficazes e que a comunicação tem chegado às populações, embora, claramente, haja algumas dificuldades.

 

 

 

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