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Renamo Armada Fracionada!

A recente visita, do Presidente da Republica, Filipe Nyusi, a província de Tete, trouxe a público revelações pouco abonatórias em relação ao DDR, no quadro do diálogo entre o Governo e a Renamo. Os populares, no comício popular no posto administrativo de Zobue, terão informado ao Chefe do Estado sobre a circulação de homens armados nos distritos de Moatize e Barué, nas províncias de Tete e Manica respetivamente, impedindo a livre circulação das pessoas e respectivos bens.

O facto é que, o próprio Chefe do Estado reconheceu, ao afirmar que “abordou o assunto com o Presidente da Renamo em Chimoio” tendo, o Presidente da Renamo mostrado completo desconhecimento do caso, o que a ser verdade, pode revelar aquilo que muitos receavam, o fracionamento da ala militar da Renamo, com o desaparecimento físico do seu Líder, Afonso Dhlakama.

Todos sabemos que, desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma, Itália a 04 de Outubro de 1992, os homens armados da Renamo viriam a retomar disparos em 2013 com o reacender das hostilidades militares sob o comando do próprio Dhlakama que, depois das conversações, foi assinado o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares a 05 de Setembro de 2014, permitindo a realização das eleições Gerais, que levaram Filipe Nyusi a Presidência da Republica.

Por falta do cumprimento da parte de desmobilização e, porque a Renamo e Afonso Dhlakama não aceitaram os resultados eleitorais, esse Acordo de Cessação das Hostilidades durou pouco tempo, pois, em Setembro de 2015, depois de duas tentativas de assassinato de Afonso Dhlakama e seguida de acto de retirada compulsiva de armas, as hostilidades seriam retomadas a partir de Gorongosa, notar que, o AGP foi assinado entre o Presidente da Republica de Moçambique, na altura Joaquim Alberto Chissano e a Cessação das Hostilidades com o Presidente Armando Emílio Guebuza, ambos com Afonso Dhlakama.

Ou seja, Afonso Dhlakama, sempre teve um domínio completo sobre os homens armados da Renamo, com Afonso Dhlakama, sempre demostraram disciplina apurada e cumprimento do comando centrado no seu líder Afonso Dhlakama, os relatos sobre a existência destes a perturbarem a ordem e tranquilidades publicas constitui novidade desde os Acordos de Roma, sobretudo, quando Ossufo Momade manifesta desconhecimento, alias, relatos das populações falavam inclusive de recrutamento de jovens para a Renamo na província de Manca que, oficialmente, nunca foi confirmado e nem desmentido.

Ossufo Momade é desafiado a mostrar que, efetivamente, é o presidente da Renamo e que, as conversações que tem tido com o Presidente da Republica Filipe Nyusi visam colocar o ponto final as atuais hostilidades militares e politicas no nosso pais, Ossufo Momade, caso não mostre essa sua via de comando, ira cair em um total e completo descredito na sociedade Moçambicana, o pais não pode lidar com dissidentes da Renamo e os insurgentes em Cabo Delgado em simultâneo, exige-se o comprometimento da Renamo nesta causa nacional, que é a Paz.

Para já, fica a sensação de algo mal esclarecido, não é aceitável que, homens que sempre mostraram um alto sentido de disciplina e respeito ao comando centralizado, apareçam hoje, como um grupo de “bandos” por conta e risco próprio, quer crer que, Ossufo Momade, o mais rapidamente possível, deve vir a publico esclarecer isto, a bem da Renamo, da sociedade e dele próprio, salvo se a escolha tenha sido um erro!
 

 

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