Na cidade de Maputo, os agentes de restauração estão satisfeitos com o novo horário do funcionamento dos restaurantes. Entretanto, os trabalhadores pedem alargamento do horário de circulação de transportes públicos de passageiros.
Neste sábado, o dia começou com pouca clientela nos restaurantes na capital do país. O cenário é típico nas primeiras horas em alguns estabelecimentos de restauração. Enquanto o movimento é tímido, os cozinheiros preparam as receitas do dia, para que os clientes encontrem tudo pronto.
Numa ronda feita pela equipa do jornal “O País” em alguns restaurantes, os agentes de estabelecimentos de restauração, dizem que o horário das 6 às 21 horas vai permitir aos clientes na hora do pico, que muitas vezes, começa a partir das 18 horas.
“Há clientes que saiam dos seus postos de trabalho nas primeiras horas da noite, tínhamos de os dispensar, dada a limitação da hora do funcionamento”, disse Parso Dipak, chefe de cozinha num restaurante na capital do país.
Aplausos a parte, acontece que os trabalhadores sugeriram o alargamento do horário dos transportes públicos de passageiros, para permitir que cheguem seguros a casa. Dizem que o horário do recolher obrigatório limita aos transportadores.
“Eu, por exemplo, vivo no Bairro de Boquisso. Só daqui da baixa da cidade para lá, são duas horas. E a essa altura já não há chapas. Fica difícil chegar a casa antes da hora exacta do recolher obrigatório”, queixou-se Paulo Doce, servente de mesa numa estância de restauração.
Os clientes estão também satisfeitos com o novo horário, mas sabem que devem evitar exageros, uma vez que foram várias medidas foram relaxadas, sobretudo relacionados com lugares propícios a aglomerações, como praias e piscinas, por exemplo.
“Sejamos prudentes, nada acabou. Se a orientação é de cumprir com uma determinada limitação de horário, então temos que proceder dessa forma”, disse um cliente.
O alargamento do horário dos restaurantes consta das medidas do nível 3 das restrições contra a propagação do novo Coronavírus, anunciadas na passada quinta-feira, pelo Presidente da República.
