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Quintas fora das cidades acolhem festas num “deixa para lá COVID-19”

Há quintas que continuam a realizar eventos sociais violando as medidas contra a COVID-19, nas zonas suburbanas. De acordo com a Inspecção Nacional das Actividades Económicas, as províncias de Maputo, Sofala, Tete e Nampula são as que mais casos apresentam.

A realização das festas em quintas é, praticamente, a violação do último decreto governamental, que, entre outras medidas restritivas, proíbe a realização de eventos sociais, com vista a evitar aglomerações que podem causar a propagação da pandemia da COVID-19.

Na prática, verifica-se o contrário e as pessoas continuam a não se importar com as regras restritivas.

“Esses eventos são realizados em quintas privadas aparentemente sem nenhum fim lucrativo, mas, no terreno, verificámos que se tratava de actividades meramente lucrativas”, afirmou Tomás Timba, porta-voz da Inspecção Nacional das Actividades Económicas.

Anteriormente, muitas destas festas aconteciam nas zonas urbanas. Contudo, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) constatou que, actualmente, a tendência tomou um rumo inverso.

Segundo Tomás Timba, as pessoas recorrem às zonas distantes das urbanas para realizar festas, pois acreditam que, nestas áreas, a fiscalização é relativamente baixa.

“As pessoas acreditam que há mais fiscalização nas zonas urbanas. Por isso mesmo, vamos continuar a ser vigilantes para travar situações semelhantes”, disse Tomás Timba.

O porta-voz da instituição fez saber, ainda, que há estabelecimentos comerciais que continuam a funcionar fora da hora estabelecida pelo decreto do Conselho de Ministros, sobre a Situação de Calamidade Pública.

Segundo a nossa fonte, as transgressões não param por aí. É que das actividades inspectivas, os fiscalizadores constataram que também persistem enchentes em instituições públicas e privadas.

Por exemplo, entre essas instituições, o destaque vai para as Conservatórias de Registo e Notariado e dos serviços de emissão de carta de condução.

Dos nove centros fiscalizados, um foi encontrado a funcionar, apesar da suspensão das aulas em todos os subsistemas de educação em alguns pontos do país.

Igualmente, a instituição constatou haver venda clandestina de álcool em viaturas na via pública, uma nova artimanha para escapar da fiscalização das autoridades.

Em termos de penalizações, cerca de 90 estabelecimentos comerciais foram suspensos, por funcionaram fora da hora estipulada.

A informação foi partilhada esta terça-feira, na conferência de imprensa sobre o balanço dos trabalhos inspectivos ao cumprimento das medidas restritivas contra a COVID-19, no período entre 17 de Julho e 7 de Agosto.

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