As selecções nacionais do Quénia e do Zimbabwe foram excluídas da fase de grupos de qualificação para o Campeonato Africano das Nações, CAN-2023, depois de não terem sido levantadas as suspensões por parte da FIFA, segundo informou a Confederação Africana de Futebol (CAF), esta segunda-feira.
“A Federação de Futebol do Quénia e a do Zimbabwe serão consideradas excluídas e eliminadas da competição africana. Os grupos C e K serão constituídos por apenas três selecções e a ordem dos jogos será mantida de acordo com o calendário”, lê-se num comunicado da CAF.
Assim, no grupo C, em que estava o Quénia, ficam apenas a disputar as vagas as selecções dos Camarões, Namíbia e Burundi, enquanto, no grupo K, passam a disputar o acesso ao CAN-2023 as selecções do Marrocos, África do Sul e Libéria, depois da exclusão do Zimbabwe.
Para esta decisão da FIFA, no início deste ano, pesou a ingerência dos respectivos Governos na gestão do desporto, em particular no futebol. Ou seja, os Governos dos dois países dissolveram as federações de futebol, o que não é permitido pela FIFA.
Para o caso do Quénia, o Governo local dissolveu a direcção da federação depois de o respectivo presidente, Nick Mwendwa, ter sido acusado de fraude. Por seu turno, o Comité Executivo da federação do Zimbabwe foi dissolvido por suspeita de peculato.
A fase de qualificação ao Campeonato Africano das Nações arranca na próxima data-FIFA, em Junho, com a disputa das primeiras duas jornadas.