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Putin já tomou posse para o quarto mandato

Vladimir Putin já tomou posse para o seu quarto mandato como Presidente da Rússia. Perante seis mil convidados, Putin subiu ao púlpito e com a mão direita pousada na Magna Carta, jurou respeitar e defender os Direitos e Liberdades dos cidadãos, defender a soberania do país e fazer cumprir a Constituição, noticiou a Euronews.

O Presidente russo referiu também que o país aprendeu a defender os seus interesses e recuperou o orgulho pela pátria e pelos valores tradicionais.

Por outro lado, apontou o seu foco para os próximos 6 anos. "O nosso objectivo é ter uma Rússia para todos, um país onde os sonhos de cada um se poderão concretizar. Enquanto Chefe de Estado, farei o meu melhor para aumentar a força, a prosperidade e a glória da Rússia", disse ainda citado pela Euronews.

Putin foi reeleito em Março, com mais de 76 por cento dos votos. Ao final deste novo mandato, terá estado no poder 24 anos (como Presidente e Primeiro-ministro) superando assim o ditador Estaline como o governante que mais tempo esteve no Kremlin.

Uma sondagem publicada hoje pelo Centro Levada, uma organização independente russa, revela que cerca de metade dos russos (47%) considera que nos 18 anos que já leva no poder, incluindo o período em que foi primeiro-ministro do país (2008-2012), Putin conseguiu devolver o país à condição de grande potência mundial.

Por outro lado, 45 por cento dos inquiridos diz que o presidente russo não conseguiu garantir uma distribuição mais justa da riqueza do país.

Para este último mandato como Presidente, Putin definiu como prioridade tirar a Rússia do atraso económico sem modificar a política externa.

A tomada de posse de Vladimir Putin aconteceu um dia depois de cerca de 1.600 opositores ao presidente russo ter sido detidos, incluindo o líder da oposição política no país, Alexei Navalny.

As detenções aconteceram durante os protestos de rua, realizados em mais de 90 cidades russas e que foram convocados por Navalny para contestar o que diz ser o estilo autocrático de Vladimir Putin.

O Conselho da Europa – instituição pan-europeia da qual a Rússia faz parte – já veio pedir a libertação destes opositores políticos pacíficos, ao mesmo tempo que diz estar preocupado com a ação violenta da polícia e com as detenções massivas nestes protestos.

 

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