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Processo DDR: 560 guerrilheiros da Renamo serão desmobilizados a partir da próxima semana

Foto: O País

É já na próxima semana que retoma o processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens armados da Renamo e estima-se abranger cerca de 500 combatentes, dos quais 26 pertencem à Junta Militar da Renamo. A informação foi avançada na tarde desta quinta-feira pelo Enviado Especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas e Presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni.

Esta retoma constitui um novo ciclo, depois de quase quatro meses de interrupção, sendo abrangido o distrito de Murrupula, em Nampula.

“Espera-se que cerca de 560 combatentes da base da Renamo sejam desmobilizados e integrados, em aproximadamente três semanas de trabalho. Isso elevará o número total de desmobilizados para 3270 combatentes, o que corresponde a 63% do total que será abrangido no fim do processo”, disse o Presidente.

O representante do Secretário-Geral das Nações Unidas avançou ainda que o processo vai desmobilizar e integrar um total de 257 mulheres.

“Depois de concluído o processo, esta será a base da Renamo número 11 a ser encerrada, desde Junho de 2020, sendo que as restantes serão desmobilizadas no próximo ano”, disse.

Mirko Manzoni aproveitou a ocasião para chamar atenção da imprensa sobre a sua contribuição no processo de uma paz efectiva, criticando alguns órgãos de comunicação social, sem citá-los quais, que vêm vinculando factos por si considerados de “desinformação”.

Por seu turno, o secretário-geral da Renamo, André Magibire, diz que estão criadas as condições para que o processo decorra sem sobressaltos, animado pela garantia do Governo em continuar a pagar os subsídios e pensões aos desmobilizados.

“Era uma grande preocupação para nós, sabermos que existem colegas que há meses que não recebem os seus subsídios. Com esta garantia que estamos a receber do embaixador Mirko Manzoni, de que a comunidade internacional está a trabalhar no sentido de que se volte a pagar os subsídios no período entre o memento em que parou até ao tratamento das pensões”, referiu Magibire.

Refira-se que a última acção do processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração dos militares da Renamo foi em Julho do ano em curso.

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