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Presidente da Tunísia acusado de sequestro após detenção de líder islamita

O Presidente tunisino, Kais Saied, e o ministro do Interior, Taufik Charfedinne, foram acusados de ordenarem o “sequestro” do vice-presidente do partido Ennahdha, Noureddine Bhiri, detido sexta-feira e hospitalizado após iniciar uma greve de fome.

Segundo escreve o “Observador”, numa conferência de imprensa, a equipa jurídica que defende Noureddine Bhiri, que diz estar, a Tunísia, a correr o risco de entrar na “via da tirania”, declarou ter apresentado uma denúncia à Procuradoria-Geral e a diversas instâncias internacionais, incluindo a União dos Advogados Árabes e o Grupo sobre Detenções Arbitrárias das Nações Unidas.

Sobre as autoridades tunisinas pesam acusações de ausência de informação oficial sobre o local da detenção, o seu estado de saúde e os motivos da detenção, para além de impedir o contacto com a sua família e a equipa de defesa.

Face as acusações, Ministério do Interior tunisino informou que as autoridades impuseram uma ordem de prisão domiciliária a dois indivíduos, sem revelar os seus nomes, “com o objetivo de preservar a segurança e a ordem”.

Noureddine Bhiri, um destacado dirigente do Ennahdha, a principal força do parlamento actualmente suspenso, com 54 dos 217 deputados, foi ministro da Justiça entre 2011 e 2013 e ocupou o cargo de ministro delgado do primeiro-ministro entre 2013 e 2014.

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