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Prejuízos do incêndio no Grupo SOICO atingem USD 950 mil

Pelo menos USD 950 mil é o valor dos prejuízos que o grupo SOICO registou na sequência do incêndio que ontem consumiu a Central Técnica da empresa, unidade que garante as emissões dos canais de televisão STV e STV Notícias e da Rádio SFM, indicam dados preliminares avançados pelo Conselho de Administração do grupo.

De acordo com o Presidente do Conselho de Administração da SOICO, Daniel David, a Central afectada custou ao grupo USD 1.200 mil, havendo, contudo, parte do equipamento que ainda se pode aproveitar.

“Estamos a falar de uma Central Técnica que nos custou cerca de um milhão e duzentos mil dólares. Neste momento, há alguns equipamentos que podem vir a ser recuperados, mas a maior parte estão todos danificados. Podemos assumir, ainda que falta confirmar, cerca de 900 a 950 mil dólares de prejuízos que o grupo teve, em termos de equipamento” disse Daniel David.

A estes prejuízos acresce um valor incalculável em termos de acervo que estava contido no equipamento.

“O prejuízo maior não são os equipamentos, são os conteúdos que lá existiam. Estamos a tentar ver como é que podemos recuperar alguns conteúdos, mas está muito difícil nestes primeiros dias, mas contamos continuar a trabalhar nas próximas semanas, para se apurar se é possível, ou não, e o que se pode fazer para não perdermos o material que existia na plataforma técnica instalada na Central Técnica”, explicou.

O incêndio, que iniciou por volta das 13.40 da sexta-feira, começou por uma forte fumaça, que logo se transformou em chamas de proporções consideráveis.

Funcionamento de contingência

Na sequência do incêndio, as emissões da STV e STV Notícias estiveram cortadas durante cerca de quatro horas na tarde da sexta-feira. Depois de esforços técnicos, perto das 18 horas conseguiu-se restabelecer o sinal, que continua a funcionar em condições muito abaixo do normal, devendo assim permanecer, por um período indeterminado.

“Continuamos a trabalhar em condições muito precárias que não garantem a fiabilidade e a sustentabilidade da transmissão. Precisamos de garantir nos próximos dois a três dias, a estabilização de uma plataforma alternativa que possa assegurar a emissão e conseguirmos, também, que a rádio volte ao ar e aí vamos começar a avaliar, também, a possibilidade da reparação global” explicou Daniel David, realçando as implicações desta última etapa.

“Isso vai implicar a compra de novos equipamentos, a vinda de técnicos estrangeiros que nos ajudaram a instalar a Central Técnica e a recuperação do próprio edifício que está danificado”.

“Há aqui investimento da estrutura, da parte eléctrica, da parte de refrigeração, do equipamento e da colocação de novo sistema de segurança,” detalhou.

Refira-se que equipas do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), bombeiros, Polícia de Protecção e da seguradora estiveram no local do incêndio, para trabalhos de peritagem que irão determinar as reias causa que originaram o incêndio.

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