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PR exige rigor na selecção de candidatos à formação na academia da inteligência

Manuel Crispo Bucuto e António Caetano Lourenço são os homens fortes da Academia de Altos Estudos Estratégicos, instituição responsável pela formação de membros do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE). Reitor e vice-reitor respectivamente, Manuel Bucuto e António Lourenço foram empossados, ontem, pelo Presidente da República e têm a missão de implantar a mais nova instituição pública de formação superior. E não se trata de uma formação comum: a Academia de Altos Estudos Estratégicos é uma instituição especializada em matéria da inteligência.

Por isso, Filipe Nyusi lembrou que a academia deve orientar-se pelos princípios previstos na legislação do ensino superior e pelos princípios que orientam as Forças de Defesa e Segurança em geral e o Serviço de Informação e Segurança do Estado. “Referimo-nos aos princípios de fidelidade à Constituição e à nação, defesa da soberania e dos supremos interesses do Estado, obediência às instruções do Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança”, precisou.

À direcção empossada, o Chefe de Estado exigiu que torne a Academia de Altos Estudos Estratégicos uma instituição credível a nível nacional e internacional e uma verdadeira referência na produção de conhecimento técnico-profissional em matéria de inteligência.

Aliás, Nyusi defendeu que não se deve duvidar da qualidade dos graduados da academia, justificando que só podem frequentar a instituição de ensino especializado candidatos seleccionados com rigor e que transportam consigo altos valores de cidadania e de patriotismo. “Além de conhecimentos técnicos, os quadros formados pela Academia de Altos Estudos Estratégicos devem estar imbuídos dos valores característicos dos membros de um serviço de inteligência, como a solidariedade, a honestidade, a integridade, a seriedade, a responsabilidade e a bravura”.

Mais do que uma plataforma de debate de ideias e teorias, Nyusi quer que a academia seja um local de produção de conhecimento, do saber e de formação de homens práticos para a realidade moçambicana. Para tal, o Chefe de Estado defende que os oficiais devem ser munidos de ferramentas que os permitam responder aos novos paradigmas da segurança, para os quais despontam ameaças multifacetadas cada vez mais difusas. “A recolha de informações não se deve resumir àquilo que o cidadão normal consegue saber por vias disponíveis. Deve ir-se à profundidade”, lembrou.

Ainda ontem, tomou posse o conselheiro do Presidente da República para os assuntos sociais e monitoria. Trata-se de Tomé Eduardo, que tem o desafio de dinamizar a monitoria dos indicadores de governação e de execução dos planos anuais, assim como de outros programas. “Pretendemos um conselheiro com uma visão multidisciplinar que analisa e avalia os fenómenos universais de forma integrada, daí que não haverá restrição às tarefas que iremos destacar em cada momento”, alertou o Chefe de Estado.

Assistiram à cerimónia membros do governo, reitores de universidades públicas e quadros do Serviço de Informação e Segurança do Estado.

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