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Portugal vai doar EUR 1,2 milhão para apoiar as vítimas do terrorismo em Cabo Delgado

Foto: O País

O Governo português vai doar 1,2 milhão de euros a Moçambique para apoiar na mitigação da crise na província de Cabo Delgado. A informação foi avançada segunda-feira, na Cidade de Maputo, pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal.

Trata-se de uma iniciativa para apoiar a população de Cabo Delgado abalada pelo terrorismo. A falta de capacidade na cobertura em certas acções humanitárias para os deslocados que se encontram em vários campos de abrigo na província de Cabo Delgado está a provocar um cenário desagradável, com vários deslocados a sofrerem desmaios por causa da fome.

Segundo o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Francisco André, a criação do fundo surge da necessidade de continuar a fazer frente a uma possível catástrofe humanitária na província que ainda se ressente das acções terroristas.

“Consideramos ser decisivo reforçar a nossa capacidade de acção solidária para o povo de Cabo Delgado. Conseguimos mobilizar recursos financeiros e materiais entre o sector público e privado em diversas áreas que ascendeu em 1,2 milhão de euros”, disse Francisco André.

Para a presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, esta iniciativa deverá beneficiar 870 mil pessoas nos distritos mais afectados pelo terrorismo.

“Endereçamos um profundo agradecimento pela criação de fundo de apoio à província de Cabo Delgado. Acreditamos que irá ajudar a minimizar o sofrimento de mais de 870 mil pessoas vítimas do terrorismo naquela região”, agradeceu Luísa Meque, presidente do INGD.

Por seu turno, o embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, garantiu que o Governo luso e a União Europeia têm estado a acatar os apelos das Nações Unidas, no sentido de se canalizar apoio permanente às vítimas do terrorismo em Cabo Delgado.

O governante sublinhou, na ocasião, a vontade de continuar a apoiar o país nas acções humanitárias, formação de tropas e criação de emprego para jovens moçambicanos, sobretudo, na área de exploração do gás natural.

A preocupação das autoridades governamentais moçambicanas reside, agora, na criação de condições para o regresso da população às zonas declaradas livres dos ataques terroristas que se registam em vários distritos da província de Cabo Delgado, desde finais de 2017.

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