O País – A verdade como notícia

Ponte sobre o rio Licungo marca o fim de “calvário”da população

Foto: O País

A infra-estrutura, de cerca de dois quilómetros, substitui a antiga que foi destruída pelas cheias e inundações ocorridas em 2015. A ponte está orçada em 915 milhões de meticais.

Sair da cidade de Quelimane com destino ao distrito da Maganja da Costa, Mocubela e Pebane, na região norte da província da Zambézia, passou a ser mais fácil, com a entrada em funcionamento da nova ponte inaugurada na última sexta-feira pelo ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine.

Na verdade, a população daqueles distritos refere que a nova ponte marca o fim do “calvário”. Sucede que depois da destruição da antiga ponte em 2015, pelas intempéries que assolaram a província, para sair da cidade de Quelimane em direcção ao distrito da Maganja da Costa, era necessário percorrer mais de 200 quilómetros ao longo da N1, depois desviar para a terra batida e percorrer perto de 100 quilómetros, facto que complicava o escoamento de produtos, aumentavam os gastos nos combustíveis e danificavam as viaturas.

Hoje é possível percorrer 70 quilómetros de Quelimane até ao desvio que dá acesso à ponte, e depois percorrer cerca de 60 quilómetros. João Machatine, fez saber que a inauguração da ponte marca uma nova era para as populações que dependem daquele troço, pois vai catapultar a economia do país e da província em particular.

“Devo confessar que nós, como Governo, tínhamos a consciência das dificuldades pelas quais passavam as nossas populações, por isso tivemos que trabalhar junto dos técnicos da Administração Nacional de Estradas para materializarmos este feito que de tanto nos orgulha” disse João Machatine.

O ministro explicou aos presentes na cerimónia que a construção da ponte foi feita com base na arrecadação de receitas provenientes das portagens, instaladas um pouco pelo país.

“É com base nestas arrecadações nestas praças de portagem, que nós vamos garantir a manutenção das nossas estradas. E ao garantir a manutenção das nossas estradas com base nestes recursos, estamos a criar folga financeira dos nossos fundos, e é com base nestas folgas financeiras que nós conseguimos construir estas pontes, outras estradas que são importantes para toda essa nossa malha rodoviária. Do contrário, os parcos recursos que temos iriamos alocar para manutenção das estradas e consequentemente nunca teríamos tais recursos para construir estas estradas” disse o ministro apelando os automobilistas a não levar cargas excessivas nas viaturas, ao passar pela ponte, por forma a permitir maior durabilidade.

Na ocasião, a secretária da província, Judite Mussácula, o Governador Pio Matos e o administrador distrital da Maganja da Costa foram unânimes em afirmar que a infra-estrutura vai dinamizar o desenvolvimento daqueles distritos, bem como facilitar o trânsito de veículos para o bem da população.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos