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“Perdido no museu”

De noite, os animais do Museu da Historia Natural, em Maputo, ressuscitam e conversam entre si. Esta ficção é narrada no livro, infanto-juvenil, “Perdido no museu” de Nuno Negrão, lançado em 2015. No princípio da noite de sexta-feira, “Perdido no museu” foi interpretado pelos colaboradores do museu e literalmente os animais ressuscitaram.
 
Quando passavam poucos minutos das 18h, as luzes do museu apagaram-se e os animais embalsamados ganharam vida. O serpentário, que recepciona os visitantes, ao aperceber-se que estava acordado, entrou no palácio e iniciou uma busca de sala em sala à procura dos seus parentes.

Após ser atacado por grandes antílopes e fugir dos dentes afiados da boca do tubarão, a grande ave encontrou uma estrela-do-mar. Durante um interrogatório minucioso, feito pelo animal marinho, descobriu que afinal era uma ave. Nesse instante, o serpentário voou em direcção a sala da avestruz e outros parentes. Matou as saudades, mas porque o dia já se aproximava, a grande ave voltou à porta do museu e ocupou a sua nobre posição. Neste momento, as luzes do Museu da História Natural acenderam-se e o público que viajava na estória, tomou consciência de que tudo passava apenas de uma ficção.

A interpretação do livro de Nuno Negrão era o culminar das actividades agendadas durante a Semana Internacional dos Museus. Durante sete dias, alunos de diversas escolas da capital do país visitaram-no e com o apoio de guias descobriram detalhes da fauna e da história de Moçambique.

O Dia Internacional dos Museus é celebrado anualmente a 18 de Maio. A comemoração da data acontece desde 1977, por proposta do ICOM – Conselho Internacional de Museus (organismo da UNESCO). Neste dia, vários museus, em todo mundo, têm entrada gratuita, sendo possível visitar as suas exposições e obras, assim como participar nas iniciativas preparadas para recordar a efeméride. Em Maputo, o Museu da História Natural fez uma celebração alargada.

O Museu da História Natural, localizado no bairro da Polana, existe há 103 anos e o edifício foi construído no estilo manuelino. As suas colecções e arquitectura atraem estudantes e turistas.

 

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