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Pedido formal de apoio financeiro pode tirar SAMIMI do sufoco

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O ministro da Defesa Nacional da República Portuguesa, João Gomes Cravinho, diz que a Força da SADC em Estado de Alerta pode superar o défice de fundos para continuar as operações no terreno com uma comunicação formal à União Europeia.

Em Cabo Delgado, os sucessos são vários nas zonas de combate. Boa parte das zonas de grande influência terrorista, a exemplo de Mocímboa da Praia, foram recuperadas pelas forças moçambicanas que trabalham em cooperação com tropas ruandesas e de vários países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral.

Mas, o terrorismo já provou que não acaba fácil e a Força da SADC em Estado de Alerta sabe disso, daí que decidiu estender a sua permanência em Moçambique, contudo, com uma contrariedade, a falta de fundos.

O ministro da Defesa Nacional da República Portuguesa, João Gomes Cravinho, que está de visita ao país, defende que uma comunicação formal pode tirar o SAMIMI do “sufoco”.

“Ainda não há nenhum pedido formal de apoio à União Europeia, mas tem havido conversas informais sobre a matéria. De todas as formas, entendemos que este é um assunto que deve ser tratado de forma conjunta entre a União Africana e a União Europeia”, disse o dirigente.

Enquanto não se chega lá, Cravinho diz que Portugal estará sempre disposto a mobilizar apoios dentro da União Europeia e do próprio país, mesmo estando no meio de uma crise política que obriga a marcação de eleições antecipadas e dissolução do Governo.

“Uma das coisas que disse ao Presidente da República, Filipe Nyusi, e ao meu colega, o ministro da Defesa Nacional de Moçambique, Jaime Neto, é que, aconteça o que acontecer, Portugal sempre estará disposto a ajudar”, garantiu.

Prova disso, diz o dirigente, é que 50% do contingente da Missão de Formação Militar da União Europeia, a ser lançada nesta quarta-feira, é português, o que significa que Portugal é quem vai pagar a maior factura.

“Estão em curso discussões sobre a formação de um mecanismo europeu de apoio à paz. As questões financeiras não estão ainda muito claras, mas é óbvio que recai maior responsabilidade sobre aquele que coloca no terreno mais recursos humanos”, afirmou.

Aliás, Portugal está a enviar forças para formar as tropas moçambicanas no âmbito do combate ao terrorismo desde o fim de 2020. Agora esse trabalho será feito em coordenação com outros países da União Europeia.

 

A Missão de Formação da União Europeia, com um custo de 15 milhões de euros, vai capacitar 11 companhias de comandos e fuzileiros.

O ministro da Defesa Nacional da República Portuguesa alerta, entretanto, que todo o esforço militar será em vão, se não houver promoção do desenvolvimento.

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