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Páscoa renova esperança das vítimas do terrorismo, dizem crentes

Milhares de cristãos celebraram, hoje, a ressurreição de Jesus Cristo, após dois anos sem que as igrejas realizassem cultos presenciais de Páscoa. Renovação da esperança para as vítimas do terrorismo em Cabo Delgado e fim do conflito entre a Rússia e Ucrânia foram alguns votos feitos pelos crentes.

Um dia que significa muito para os cristãos. Um dia que representa salvação e, por isso, celebrado com alegria, cânticos e dança para anunciar a ressurreição de Jesus Cristo.

Neste Domingo de Páscoa, os crentes manifestaram o desejo de que a salvação se aplique a todos aqueles que continuam a ser vítimas dos diversos males que assolam o mundo.

“Queremos que parem com a guerra. Os nossos irmãos estão a sofrer em Cabo Delgado”, lamentou Maria de Jesus.

“Esta Páscoa foi muito triste, foi marcada por guerras e sangue derramado e, com a ressurreição de Cristo, queremos colocar o fim a esta situação”, disse Afonso Malovote, crente.

Na Sé Catedral de Maputo, que esteve cheia este domingo, o pároco apelou para que os cristãos mantivessem a fé, porque a morte não é a última palavra.

“Àqueles que sofrem com a guerra, às mães que perderam os seus filhos na Ucrânia…é um mundo de dor. O amor maior de Jesus, que dá a vida aos seus amigos e toda a humanidade, é a grande notícia da Páscoa. A morte não é a última palavra, o mal não venceu, o Senhor ressuscitou e esta é uma palavra de esperança para cada um e pela história da humanidade”, afirmou Giorgio Ferreti, Pároco da Sé Catedral de Maputo.

A Paróquia São Cipriano foi um dos locais onde os anglicanos se juntaram para celebrar a Páscoa. O Bispo Dom Carlos Matsinhe apontou a ressurreição de Cristo como o renovar da esperança das vítimas do terrorismo em Cabo Delgado, assim como para colocar fim à guerra na Ucrânia.

“Esperamos que, através da Páscoa, da nossa fé e do amor que compartilhamos entre irmãos, os nossos irmãos vítimas do terrorismo em Cabo Delgado um dia possam celebrar a Páscoa com maior segurança e em paz nas suas zonas de origem”, frisou Dom Carlos Matsinhe, Arcebispo da Igreja Anglicana.

E é pelas más acções que se verificam contra a humanidade, Deus chama todos a uma reflexão como forma de valorizar o sacrifício de Cristo.

“Podemos encontrar, aqui, uma grande oportunidade para o mundo parar, pensar e reflectir sobre o valor da vida e na importância que pode ter a nossa posição como cristãos e como cidadãos no mundo”, aconselhou Samuel Mondlane, crente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

“A esperança não traz confusão, então renovemos as nossas mentes, a esperança e a nossa fé, cientes de que, da mesma forma como Cristo venceu, venceremos”, disse Jorge Chacate, crente da Igreja Anglicana.

Já havia dois anos que os crentes não se reuniam para celebrar o Domingo de Páscoa por conta da pandemia da COVID-19.

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