O Partido Socialista (PS) conseguiu, ontem, a sua segunda maioria absoluta em legislativas, com 117 deputados e 41,6%, deixando o Partido Social Democrata (PSD) a 13 pontos percentuais, numa noite eleitoral em que o Chega, de direita radical, se tornou terceiro partido no cenário político português.
O líder do PS e chefe do Governo português prometeu uma “maioria de diálogo” durante os próximos quatro anos de mandato, de acordo com a DW.
Falando à imprensa, o primeiro-ministro disse que o Partido Socialista terá entre 117 e 188 deputados, sem contar com os círculos do exterior.
Entretanto, António Costa reconhece que a maioria absoluta não significa poder absoluto. Para Costa, a vitória nasce da vontade dos portugueses e um dos seus objectivos é “reconciliar os portugueses com as maiorias absolutas”.
O governante classificou a vitória nas urnas como um voto de confiança e pela estabilidade do país, sendo um “cartão vermelho” dos eleitores para qualquer crise política.
RUI RIO ADMITE DEIXAR LIDERANÇA DO PARTIDO
O PSD ficou em segundo, com 27,9%, e o presidente social-democrata, Rui Rio, reconheceu a derrota, admitindo deixar a liderança do partido.
“Não é preciso fazer drama. Não vejo como posso ser útil ao PSD se a maioria absoluta dos socialistas for confirmada, disse o líder conservador.
O PSD teve cerca de 28% dos votos, um desempenho semelhante ao das eleições de 2019, considerada uma das piores do partido.
Recebido com aplausos pelos centenas de militantes reunidos no hotel onde o PSD esperou os resultados, Rio admitiu que não está “amarrado a nenhum lugar” ao ser perguntado sobre seu futuro imediato.