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Parque Nacional de Bazaruto já tem Conselho de Gestão

A directora-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação, Celmira da Silva, dirigiu, esta segunda-feira, no distrito de Inhassoro, província de Inhambane, a Sessão Constitutiva do Conselho de Gestão do Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto.

Trata-se de um órgão consultivo que apoia na gestão do parque e é constituído por entidades do Governo, sector privado, sociedade civil e academias.

Falando durante a cerimónia, Celmira da Silva explicou aos membros do órgão que devem dominar os instrumentos legais, como, por exemplo, o Decreto nº 59 /2021 de 17 de Agosto, que cria os conselhos de gestão, Diploma Ministerial nº 151/2021 de 2 de Dezembro, que aprova a composição específica do Conselho de Gestão. Recomendou, igualmente, aos presentes para compreenderem bem as suas competências na qualidade de membros do Conselho de Gestão, assim como domínio do plano de maneio do parque.

A anteceder o evento, a directora-geral da ANAC visitou a Ilha de Bangue e Magaruque para se inteirar dos desafios causados pela erosão nestas duas ilhas, tendo participado na recolha de resíduos sólidos.

O Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB) é localizado nos distritos de Inhassoro e Vilankulo, na província de Inhambane; possui uma área de 1.430km2 e foi criado a 25 de Maio de 1971, sendo o primeiro parque marinho no país.

O Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto é gerido no âmbito de um Acordo de parceria público-privada que foi assinado em Dezembro de 2017 entre o Governo de Moçambique, representado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e a African Parks.

No Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto (PNAB) ocorrem mamíferos marinhos emblemáticos e outras espécies de megafauna, devido às condições proporcionadas pela combinação de águas rasas e profundas, bem como pela disponibilidade de nutrientes e tranquilidade da zona.

Em termos de riqueza de biodiversidade, foi registada, no PNAB, a ocorrência de 180 espécies de aves, 45 de répteis, 16 de mamíferos terrestres, 500 de moluscos marinhos e costeiros, e 2000 espécies de peixe. Nas ilhas, podem ser facilmente vistos animais, como cabrito vermelho, chengane (sunis), cabrito cinzento, macaco-simango e crocodilos do nilo nas lagoas.

No mar, podem ser vistos golfinhos, dugongos, tartarugas marinhas, manta raia e baleias. Das 13 concessões turísticas existentes no PNAB, somente cinco estão em funcionamento, dois em reabilitação, um em construção e dois em carteira.

No país, as Áreas de Conservação (AC) ocupam cerca de 25% do território nacional e compreendem Parques, Reservas, Coutadas Oficiais, Áreas de Conservação Comunitárias, Áreas de Protecção Ambiental, Fazendas do Bravio, entre outras categorias de conservação.

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