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Paquistaneses condenados em Moçambique por tráfico de drogas

Onze paquistaneses foram condenados pelo Tribunal Judicial da província de Cabo Delgado à prisão maior por terem sido encontrados na posse de drogas, na baía de Pemba, no norte de Moçambique.

Um dos arguidos vai cumprir dez anos de prisão, 9 vão ficar na cadeia por 19 anos e um, por sinal o mais velho do grupo, recebeu a pena mais pesada, por, alegadamente, ter organizado uma longa  viagem que começou na província de Baluchistão, na República do Paquistão, numa embarcação carregada de droga, tendo terminado no mercado internacional.

“Ele é o responsável máximo por este crime. Ele sabia o que, de facto, estava a acontecer. Sabia da mercadoria que estava naquele barco. Precisou dos outros co-réus para baldear a mercadoria ilícita do barco Alsalman para um outro duma companhia, denominada Indira Ghandi,” explicou o Juiz da causa, Bruno de Castro para justificar as pesadas penas aplicadas aos paquistaneses.

Apesar das investigações, o destino da droga e o dono da mercadoria continuam desconhecidos, entretanto o Ministério Público considera justa a condenação dos onze arguidos por terem colaborado com a rede internacional de tráfico de drogas.

“As penas, que acabamos de ouvir, representam uma vitória para o Ministério Público nesta luta contra a criminalidade e, em específico, para o narcotráfico”, declarou Ângelo Sueta, representante do Ministério Público.

Segundo a sentença, este caso de tráfico de drogas começou no dia 23 de Dezembro de 2020, quando as Forças de Defesa e Segurança interceptaram uma embarcação de madeira no largo da baia de Pemba com treze paquistaneses, dois dos quais perderam a vida antes do julgamento.

Durante a operação, foram encontrados 430 quilogramas de drogas diversas entre as quais heroína e mentafetamina, escondidas numa rede de pesca.

Além de tráfico de drogas e substâncias ilícitas, os 11 paquistaneses foram condenados devido ao crime de associação para delinquir e deverão ser expulsos de Moçambique depois do cumprimento das suas penas individuais.

O advogado de defesa dos condenados não se mostrou disponível para falar à imprensa sobre a decisão tomada pelo Tribunal Judicial da província de Cabo Delgado.

 

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